quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Time Out


Não, não é aquela revista que traz a programação do que se fazer, em várias cidades do mundo. Gosto muito e aproveito o TONY (Time Out New York) e o London também. Em Paris, o Pariscope é melhor...Não, estou falando do livro Night Out, uma coletânea de poemas inspiradas pela noite, no sentido de boêmia, outcasts, bas fond....muito interessante e com muitos poemas legais.


Obviamente, lendo o livro sempre vem à cabeça o nome de Edward Hopper, cujo quadro, Nighthaws, eu e Alberto ficamos olhando durante horas, isto mesmo, horas, no museu de arte de Chicago (Art Institute of Chicago), que, por sinal, tem mais dois dos quadros que marcarão minha visão da vida para sempre: o Tarde de Domingo na ilha de Grand Jatte, do Seurat e e o Art Transfixed, do Magritte.

Art Transfixed - Magritte








Tarde De Domingo..... - Seurat

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Notícias


O ano começa como todos os outros, mas com muito mais calor. Há quanto tempo eu não sentia tanto incômodo com o calor como agora. Não chego a ser uma Carolina, minha irmã, que não consegue abstrair o desconforto provocado pelo calor e se transforma em um pinguim perdido no Saara. Se bem que do Saara do centro do Rio ela gostou muito, se divertiu a valer, apesar da temperatura carioca. Senegalesa, aparentemente, perdeu o sentido nestes tempos de sustentabilidade errática....



As notícias não são boas, no geral: nosso Congresso, em um retrocesso impensado, colocou o pensamento dos rincões nas cadeiras que importam.Não custa nada lembrar que é exatamente essa mentalidade reinante nas periferias pensantes de um país que podem conduzir a um domínio das massas obedientes por uma elite despreparada e  ressentida. Na sua obra seminal, "Origens do Totalitarismo" (há uma edição de bolso, muito acessível, acho que a R$ 39,00), Hannah Arendt nos mostra o que evitar e como perceber os sintomas de um caminha perigoso à nossa frente: "Há, portanto, uma tentação de voltar à explicação que automaticamente tira toda a responsabilidade da vítima: ela parece corresponder à realidade em que nada nos impressiona mais do que a completa inocência do indivíduo tragado pela máquina do terror, e a sua completa incapacidade de mudar o destino pessoal. O terror, contudo, assume a simples forma do governo só no último estágio do seu desenvolvimento. O estabelecimento de um regime totalitário requer a apresentação do terror como instrumento necessário para a realização de uma ideologia específica, e essa ideologia deve obter a adesão de muitos, até mesmo da maioria, antes que o terror possa ser estabelecido". Claro e sereno... A demonização do sucesso pessoal, da progressão empresarial,  esse sentimento reinante de que há uma injustiça social que deve ser reparada a qualquer custo é exatamente a situação que permite a instauração de um ambiente de terror, já que as medidas extremas seriam, a priori, justificadas...A progressão do pensamento dos assim chamados "evangélicos" é outro fator que provoca um pouco de medo e muito de desespero. Não dá para esperar para ver como fica...



O Mensalão, tão querido, está como sempre esteve: seus protagonistas aplaudidos por um a patuléia   ignorante e sustentada a sinecuras,  protagonistas que se refastelam nos aplausos dos abnegados e correligionários, mas as punições ainda aguardam....não sei o que elas aguardam, mas aguardam...Gastão, o vomitador, ficaria muito contente, já que seu estômago ficaria feliz com o alívio proporcionado por tal vomitório. A melhor justificativa apresentada até o momento foi a de que "roubaram antes"...é preciso dizer uma palavra sequer?



Mas o que merece mesmo a vomitada do mês são as justificativas do advogado encarregado de defender o Corinthians Paulista pelas acusações de responsabilidade pela morte de um torcedor boliviano causada por um sinalizador atirado pelos torcedores corintianos. A apresentação de um menor de idade como culpado nos diz muito da situação atual deste país: ishpertezas são ótimas quando nos trazem benefícios e não importa quão destrambelhadas elas pareçam a quem quer que se dê aio trabalho de somar dois mais dois. Nestas horas é que a OAB deveria vir a público defender a instituição da advocacia. Uma vergonha para a profissão.

E vamos sobrevivendo, não "sem um arranhão", ao contrário, totalmente arranhados por uma realidade que insiste em se distanciar de si própria, que insiste em negar os mais comezinhos princípios de urbanidade e civilidade. 

AH! Mas aconteceu o Carnaval, teremos Copa e Olimpíadas (me recuso a tocar neste assunto!!), tudo corre bem para quem as coisas sempre correram bem...e isto não muda.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Notícias


Semanais, é a pretensão...Ou quando achar que devo, é a ideia, mas a preguiça e as distrações andam maiores que o desejo de escrever.
O Macaquices, da querida Val Galvão, anda mais produtivo que o Acendedor, mas isto somente me alegra...inveja zero, satisfação dez, ainda mais que a Valéria escreve muito bem.


Coisas do Rio de Janeiro...andando pelo Saara, para quem não conhece, o centro de compras popular no Centro do Rio, sexta-feira pela manhã, passando pela calçada, ouço:
-"Este, de chapéu(era eu), é o presente que eu tô quereno hoje...Aniversário devia podê escolhê presente. (sic)...
a resposta revela o verdadeiro espírito carioca:
-"Tem pinta de genérico...o que vc precisa é um laboratório estrangeiro!!".
Juro que me senti um óleo Nujol, que ninguém mais sabe do que se trata...rs...

Sabedor do caráter altamente inquieto dos pesquisadores de nossas universidades, aguardo, com certa ansiedade, o estudo sobre a motivação dos atendentes das lojas populares para serem tão ausentes quando surge um cliente no balcão. De alguma forma, tornam-se refratários a qualquer forma de ter a atenção desviada de um plano tão transcendental  de meditação que um novo 11 de Setembro no prédio do IBGE (um horror) não passaria de um foguetório de entrada de escola de samba na Marquês...Mas o melhor mesmo são as respostas às perguntas mais simples: monossílabicas, diretas, um poder de concisão que somente a preguiça mais estabelecida pode permitir e aprimorar...

A semana seria cheia para Maneco, meu avatar momô; Gastão, o vomitador, teria de ser internado mais vezes que o Jaguar, seu criador e Mona Mur (leia em voz alta!!), o alter ego sarcástico, mas um tantinho esclerosado, teria peripaques coloridos, senão: o incêndio e a cobertura das TVs (o que a senhora está sentindo? para uma mãe que acabou de enterrar o filho!!!), as eleições do congresso nacional, o aumento/decréscimo da conta de luz, as entrevistas dos futuros faróis da Sapucaí, que nos guiarão através do Carnaval; os blocos e sua sujeira; os comentários ufanistas e, sendo bastante gentil, idiotas sobre o apagão no Superbowl (e se fosse na Copa???)..francamente, vieram de onde menos se esperava...Mas é Rio e a vida, delícias doloridas e divertidas...viva quem puder!!