Não,não era ainda a era da passagem
do nada ao nada, e do nada ao seu restante.
Viver era tanger o instante, era linguagem
de se inventar o visível, e era bastante.
Falar é tatear o nome do que se afasta.
Além da terra, há só o sonho de perdê-la.
Além do céu, o mesmo céu, que se alastra
num arquipélago de escuro e de estrela.
Carioca (de 52), professor, editor da revista Poesia Sempre; seu livro mais recente é Poesia e Desordem, pela Topbooks.
A foto é minha, na fazenda.
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