O que me deixa nervoso é a limitação da discussão aos números, a uma questão salarial que, longe de ser resolvida, não passa nem perto de ser a maior fonte dos problemas. Afinal, de que adianta comparar o salário de um professor brasileiro com o salário de um professor americano ou europeu??Nossa realidade, sob qualquer enfoque, é muito diferente e normalmente, esta discussão desvia-se para o sentimentalismo e sectarismo.
Claro que sei da importância do professor, sei de suas dificuldades, tenho amigos professores, então estou acostumado com os argumentos quase nunca profissionais e sempre monetários. Todos os professores têm a minha simpatia, sem exceção, mas para ter a solidariedade é preciso que a discussão mude.
Os números abaixo são irrebatíveis, como se vê. Onde vai todo esta dinheirama??Agradeço muito os esclarecimentos que aparecerem, inclusive dos gabinetes de políticos lotados de professores que fazem falta nas salas de aula. OU você acha que nossa classe política, tão audaz e previdente, escolheria os menos habilitados para partilhar das sinecuras diárias de seus gabinetes???
Os dados sobre a reportagem constam do preâmbulo aí, e, só por simpatia, deixo até a foto da sua autora. Não a conheço, deixo claro. Gostaria que os envolvidos que se dignarem a responder não adotem o comportamento selvagem e deseducado que os membros do SEPE mostram quando comparecem à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. E apontar erros nos meus escritos somente confirmará o que já sei: meus professores poderiam ter sido melhores!!!e eu também poderia ter sido melhor aluno!!
Os gastos do Brasil com educação em relação ao mundo
O Brasil é o 15º maior gastador, mas só aparece em 53º - de um total de 65 países - quando se trata de qualidade da educação. Confira como ele se compara a outras nações
Ensino no Brasil: qualidade de ensino não acompanha altos investimentos
São Paulo – Tramita no Congresso Nacional uma proposta para fazer o volume de recursos para a educação chegar a 10% do PIB nacional. Hoje, o Brasil investe 5,7% - um dos índices mais altos entre os 42 países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a frente de Reino Unido, Canadá e Alemanha, por exemplo.
Na semana passada, a organização lançou um relatório sobre os gastos em educação de várias nações. Investir um décimo de toda a riqueza produzida no país deixaria o Brasil em primeiro lugar no ranking, acima da Islândia, que investe assombrosos 7,8% do PIB em educação hoje.
Esse número considera, além dos investimentos nas instituições de ensino, gastos governamentais com bolsas e programas de apoio aos alunos.
Apesar do investimento brasileiro ser próximo da média dos países da OCDE, o país se encontra somente em 53º lugar - de um total de 65 - no Pisa, um programa de avaliação da qualidade da educação da mesma organização. Ou seja, maiores investimentos não necessariamente acompanham, na mesma proporção, uma melhora no desempenho dos estudantes. (grifo meu)
O Brasil é o 15º que mais investe o PIB na área na lista da OCDE. Os lanternas no ranking foram Indonésia (investimento de 3% do PIB), Índia (investimento de 3,5%), Japão (3,8%), Eslováquia (4,1%) e República Tcheca (4,4%).
Confira os maiores “gastadores” e sua posição no ranking de qualidade educacional:
Ranking | País | Gasto com educação | Posição no Pisa |
---|---|---|---|
1 | Islândia | 7,80% | 16º lugar |
2 | Noruega | 7,30% | 12º lugar |
3 | Suécia | 7,30% | 19º lugar |
4 | Nova Zelândia | 7,20% | 7º lugar |
5 | Finlândia | 6,80% | 3º lugar |
6 | Bélgica | 6,60% | 11º lugar |
7 | Irlanda | 6,50% | 21º lugar |
8 | Estônia | 6,10% | 13º lugar |
9 | Argentina | 6% | 58º lugar |
10 | Áustria | 6% | 39º lugar |
11 | Holanda | 5,90% | 10º lugar |
12 | França | 5,90% | 22º lugar |
13 | Israel | 5,80% | 37º lugar |
14 | Portugal | 5,80% | 27º lugar |
15 | Brasil | 5,70% | 53º lugar |
16 | Eslovênia | 5,70% | 31º lugar |
17 | Reino Unido | 5,60% | 25º lugar |
18 | Suíça | 5,50% | 14º lugar |
19 | Estados Unidos | 5,50% | 17º lugar |
20 | México | 5,30% | 48º lugar |
21 | Hungria | 5,10% | 26º lugar |
22 | Polônia | 5,10% | 15º lugar |
23 | Canadá | 5,10% | 6º lugar |
24 | Alemanha | 5,10% | 20º lugar |
25 | Coreia do Sul | 5% | 2º lugar |
26 | Espanha | 5% | 33º lugar |
27 | Austrália | 5% | 9º lugar |
28 | África do Sul | 4,80% | (não participa) |
29 | Rússia | 4,70% | 43º lugar |
30 | Itália | 4,70% | 29º lugar |
Amado guru, posso sugerir que vc aumente a letra da primeira parte do texto? Nós, seus leitores mais idosos, temos dificuldades para enxergar...
ResponderExcluirQuanto ao conteúdo, só posso concordar!