quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Bondade

Natal, né? Época em que a compaixão, a bondade deveriam estar mais à tona, mas em algum lugar da caminhada, perdeu-se o senso. Nada muito cristão, principalmente se não der IBOPE!

Sandor Marai, em "O Jantar" (acho que é este o título), fala da caridade gorda, da compaixão fácil, que não exige esforço algum para ser feita, como enfiar a mão no bolso e jogar uma moeda na caixinha de chicletes do garoto ou do aleijão mais próximo. Esta caridade tem valor zero...

Mas, definitiva mesmo, é a mestre de todos nós, Hannah Arendt, que define, definitivamente: (ah!Uma aliteração provocada e óbvia!!Vai ficar!)

"A bondade, para se afirmar como tal, deve ser genuína. Sermos bons, porque está na época em que é de bom tom mostrarmos que somos bons, é a mais absoluta hipocrisia. Sejamos bons sim, mas continuamente. Sejamos bons sim, mas não para mostrarmos aos outros que somos bons. A maior, e a verdadeira bondade, é aquela que se pratica sem alaridos, sinal de que a bondade é algo que deve ser normal e frequente, e não uma festa sempre que acontece - senão estamos exatamente a denunciar que só somos bons de vez em quando."

Bondade e Sabedoria devem ser inocentes, Hannah Arendt

Quem sou eu para discutir!!!

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