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Cada cidade tem o Louvre que tem... Galeria Subte, com obras de uruguaios... |
Vou tentar escrever tudo em só um post. Se eu me lembrar de alguma coisa depois, abro um novo ou posto como comentário. Ou então faço um post de serviço, desnecessário, já que a internet está cheia de informações sobre tudo.
Já vejo as mentes sedentas, abertas à espera de um relato de viagem risível (double entendre), cheio de coisas. Mas não, o Uruguay não é um país pequenino, envelhecido, governado por um tiozão simpático, que nem liga se os netos puxam um baseadinho, se os garotos se casam um com os outros.
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Livraria na Sarandi, rua de pedestres, que vai dar no Mercado do Porto. Um caminho cheio de galerias e livrarias, que vale a pena conhecer. |
O Sr. Mujica se preocupa com a saúde dos seus - se você compra remédios com receita passada por um médico credenciado, o valor dos remédios caiu mais de 30% e assim se reduz a auto-medicação; as filas nos hospitais são pequenas, embora existam; o atendimento é personalizado, a consulta demora mais de meia hora, enfim, um atendimento humanizado, de pessoas se relacionando com outras pessoas (tem coisa mais gay do que isso? mas nada a ver!)-, se preocupa com o transporte - nos pontos de ônibus há horários, itinerários aproximados, o preço é irrisório, o intervalo entre as composições é reduzido, não existe superlotação a não ser em horário de pico, e isto em uma cidade sem metrô!-, se preocupa com a cidade - embora decadente, a cidade é relativamente limpa, está em transformação, MAS NÃO ESTÁ SE DESCARACTERIZANDO!, há um claro zoneamento e respeito pelas paisagens, os parques estão bem cuidados e são muitos.
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As escadarias do Museu de Arte Pré-Colombiana e Indígena de Montevideo, uma bobagem. Só vá se quiser gastar tempo com nada... Talvez, quando acabarem a restauração, se transforme em algo interessante. |
Então, recomendo: ESQUEÇA O FOLCLORE SOBRE O URUGUAI e leve o país a sério, que sirva como exemplo para este gigante adormecido e cheio de pesadelos. Aceito a argumentação de que este país é enorme, tem centenas de milhões de habitantes a mais, o que dificulta, mas não se vê por aqui o esforço com a educação e gerência como se vê lá. É preciso começar algo que não seja uma política de subsistência da pobreza, a manutenção de uma classe deseducada, desinformada e sem formação familiar.
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Parque Rodó, à beira do Rio da Prata, tem um cassino ao lado, uma feira totalmente dispensável aos domingos. O parque é lindo, bem cuidado, como se vê, sem perigo algum. De dia, é claro. |
Ah, esta estrada escura da insatisfação, não me deixa discorrer sobre o que eu pretendia. Voltando:
O uruguaio é gentil e educado, trata você bem, e tem antipatia pelo carioca (que considera exigente, grosseiro e um grande etc que apenas confirma o falecimento da criatura folclórica que habitava essas paragens que Estácio de Sá descobriu.). Respeita o Brasil, embora não nos compreenda, nem eu tentei explicar, já que compartilho da impossibilidade de compreensão de um país que insiste em não aproveitar as oportunidades históricas que lhe surgem.
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O motivo da viagem: 22 anos juntos...e MOntevideo foi um marco bem interessante...Olhe o azul do céu e coloque 2 graus de temperatura....uma delícia para passear! A foto foi no Parque Rodó. |
A capital, Montevideo, é o paraíso da art deco. Há conjuntos enormes de edificações art-deco, os prédios são pequenos, simpaticíssimos, dá vontade de entrar e conhecer um deles. Os prédios modernos, mais altos, respeitam algum gabarito e não se transformam em um corredor de vento. Que, aliás, é um terror no inverno, ao dobrar o canto da rambla, não resisti e tive de voltar pelo caminho de ida, uma vez que o vento era frio e cortante!
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O aeroporto, bonito, simples, funcional. Olhaí, Infraero, não custa nada se mirar nos bons exemplos! |
Há parques espalhados pela cidade, todos os que vimos relativamente bem cuidados e limpos, as pessoas curtindo um solzinho - o diminutivo aqui não é força de expressão- muitos cinemas, alguns shoppings, um comércio à primeira vista pequeno, existem cassinos cheios de gente mais velha, vidradas naquelas máquinas caça-niqueis, os restaurantes ainda não alcançaram a cozinha fusion com propriedade,embora tentem.
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Em frente ao Congresso do Mercosur e ao Cassino, que fica ao lado. Não dá para confundir, embora sejam quase a mesma coisa. Essa é a Rambla, que tem mais ou menos 22 km, que vc pode percorrer. O vento mata!
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Conversando com um casal de chilenos que moraram no Brasil - São Paulo - , eles demonstraram a tranquilidade de morar em uma cidade praticamente sem violência, com boas escolas próximas à casa, supermercados bem abastecidos, mas sentiam faltam de uma vida social mais agitada. Mas reclamaram do frio úmido, principalmente de quem mora perto do rio! A beleza cobra uma taxa alta, neste caso... Mas correr pela rambla - eu corri duas vezes, contra um frio de cortar cerol! E aqui um conselho: mais que o frio, procure se agasalhar do vento, que vai até os ossos.
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A arquitetura, um dos atrativos de Monti. Fosse eu o síndico, retiraria na marra aquele exaustor ali à esquerda. Como é que fazem isso??? |
Para o David Galvão, uma boa notícia: está cheio de amiguinhos por lá,a preços muito convidativos, que permitem uma experimentação. Não fizemos o passeio à vinícola, já que o vinho que provamos não era muito nossa praia. Mas dizem que o passeio é muito gostoso, mas se conheço a Val, vocês já fizeram este... e aproveitem a cerveja Stella, muito gostosa.
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Monumentos, uma das atrações de Monti. São lindos, em geral...Os chafarizes merecem atenção. Ao fundo, uma exposição sobre a Copa do Mundo...lá como cá... |
As feiras de rua, faladas, são uma decepção, parece que você está na Rua Tereza ou aquela feira de Teresópolis. A única que vale a pena é a da rua Tristán Navarra, engraçadíssima, uma feirona com tudo, de antiguidades a pets!. Se sua praia for ler em espanhol, o seu paraíso é por ali, há dezenas de livrarias em que vc pode mergulhar por horas. Infelizmente, essa separação Brasil/América do Sul não me deu chance de curtir a leitura em espanhol, que seria mais fácil.
Amanhã tem mais...
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