quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Florbela... a que espanca a dor com beleza!

Antes que a emoção da reativação do blog atinja seus reflexos, tenho de divulgar: a editora Martin Claret lançou uma edição primorosa - capa dura, capricho, etc-  dos poemas da Florbela Espanca.

Na página 162, lê-se:
...
Tarde de música

Só Schumann, meu Amor!! Serenidade...
Não assuste os sonhos... Ah! Não varras
As quimeras... Amor, senão esbarras
na minha vaga imaterialidade...

Lizst, agora o brilhante; o piano arde...
Beijos alados.. ecos de fanfarras...
Pétalas dos teus dedos feito garras...
Como cai em pó de oiro o ar da tarde!

Eu olhava para ti... "é lindo! Ideal!"
Gemeram nossas vozes confundidas.
- Havia rosas cor-de-rosa aos molhos-=

Falavas de Lizst e eu... da musical
Harmonia das pálpebras descidas,
do ritmo dos teus cílios sobre os olhos...
...

Ninguém escapa dessa mulher!


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