Poeta português, embarcado em 1981 na caravela que nos levará a todos em direção ao Mar das Tormentas.
Nesta época de acordos espúrios, votações fantasmas, ministérios pessoais, relato uma "Cantiga do Ódio". A capacidade de indignar-se não pode se perder na inação. Pelo menos, não vote nos mesmos de sempre!!
"O amor de guardar ódios
agrada ao meu coração,
se o ódio guardar o amor
de servir à servidão.
Há-de sentir o meu ódio
quem o meu ódio mereça:
ó vida, cega-me os olhos
se não cumprir a promessa.
E venha a morte depois
fria como a luz dos astros:
que nos importa morrer
se não morrermos de rastros?"
(no livro Mãe Pobre)
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