quinta-feira, 19 de março de 2015

Não Pertence (mos)...

(O titulo do post seria Manaus, a porta! Resolvi mudar e aí o primeiro parágrafo perdeu o sentido. Aparentemente, não foi um problema, já que ninguém notou. Mas o passeio subindo pelo Rio Negro, confrontando todo aquele verde, toda aquela água, todo aquele céu, sem perceptíveis perturbações pelo ser humano, me levaram a este post).


Primeiro: foi o lugar em que tive um insight, uma iluminação digna de Pentecostes sem as línguas de fogo! Um sentimento que me dominava e eu não sabia explicar, foi preciso ir ao Norte, àquele nascedouro de tudo, para ter a certeza: não pertencemos, não fazemos parte do sistema deste planeta, por mais que insistamos nisso! O ser humano, o homídeo, o fabuloso Homo Sapiens não pertence!


Não é possível que façamos parte daquilo tudo e que destruamos tudo desta forma insidiosa, às vezes descarada! Parece tudo tão harmonioso visto de fora que não consegui achar um lugar para que o ser humano faça parte. Felizmente, aparentemente estamos condenados à extinção.

Há um filme ou livro, ou um filme adaptado de um livro, que define o homem como um vírus, que a civilização humana cabe direto e direito na definição de vírus. Não poderia ter dito melhor! Invadimos, exploramos, esgotamos, destruímos, provocamos a morte de tudo o que tocamos.

Há a parte boa e decente? Certamente, mas isso não modifica a sina que nos persegue e nos propulsiona rumo à destruição: estamos condenados pela nossa agressividade, pela nossa incapacidade de nos colocarmos neutros em frente a situações de escolha, estamos condenados ao horror de saber que caminhamos para um final sofrido, torturado.

Amém.

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