quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Nov'Iorque I



quando já se está acostumado com uma cidade,a ponto de se locomover por ela sem a ajuda de mapas e referências - Metrô (MTA) não, mesmo os novaiorquinos precisam da ajuda de um mapa quando saem de seu percurso de rotina-, você sente que a cidade já faz parte de sua vida e que vc também já faz parte da cidade, de alguma forma. Se vc estiver com algum mobile,existe vários apps grátis na rede, a MTA abriu todos seus códigos para que desenvolvessem os apps.

Daí eu não entender a presunção de certos blogs de viagem, que pretendem ter descoberto uma cidade só sua, tipo "Nova Iorque Secreta", "Segredos de New Iorque (ou Nova York, esta mistura de grafias sendo mais um sinal de que temos um autêntico Pedro Álvares Cabral pela frente). Tudo já foi explorado em NYC, inclusive o que ainda nem foi inaugurado ou criado. Parece estranho, escrito assim, mas Gotham é uma cidade em que é quase impossível ser uma novidade, ter um pensamento realmente original- memes abundam, aquela sensação de 'eu já vi isto' é um fantasma recorrente. Se vc não viu inteiro, certamente viu alguma parte.



E o nova iorquino, sabendo disto, é cheio de atitude, se sente no centro do mundo, de onde se irradiam todas as vibes que circulam pelo universo. E isto, de certa forma, torna a cidade provinciana, mesmo nos círculos ditos descolados, todos cheios de pose, nariz em pé, seja o garçom da pizzaria ou o porteiro daquela galeria trendy do Brooklyn ou do Lower East Side. E a cidade, ainda assim, é maravilhosa. Pode-se passar um dia inteiro sem ouvir inglês, pelo menos o inglês ensinado nas escolas -, pode-se fazer refeições étnicas, sem repetir o país, durante semanas; pode-se passar dias e dias nos principais museus sem nunca chegar perto de esgotar o acervo; pode-se dar de cara com nacionalidades das quais vc nunca desconfiou da existência, enfim, New York é mesmo uma cidade única. Mas segredo ela não tem nenhum, é uma cidade aberta para todos os que se interessarem...

Algumas coisas de Nov'Iorque que algumas pessoas podem adorar e outras odiar:



Metrô= algumas pessoas, talvez por alguma má experiência, têm pavor. Eu uso direto e nunca tive problemas. Talvez um bilhete comido, ou uma coisa menor assim. Leva vc a qualquer lugar, mas exige um pouco de esforço, as conexões nem sempre são simples, os expressos confundem um pouco as coisas, mas é seguro até onde consigo ver. Perguntar não adianta nada, provavelmente vc não vai entender a resposta, se houver. IMPORTANTE: se ficar mais de três dias em NYC, compre o bilhete de uma semana, pode-se usar ônibus, metrô e barco..., mas apenas os gerenciados pela MTA.IMPORTANTE 2: pedir o mapa. O cara e as muheres da cabine são iguais a gays problemáticos: não gostam muito, mas acabam dando....

Passear: a melhor coisa para fazer em NYC, depois das compras, para quem faz questão. A cidade é dividida em duas pela 5ª avenida, de um lado é oeste (West) e do outro Este (East). Toda rua tem duas numerações, um oeste e outra leste,portanto se vc ai para 200W (oeste) da rua 34, vc vai à esquerda da 5ª avenida (de quem olha o mapa).Se vc for para 200East (E),vai estar exatamente do lado oposto de onde quer estar. Parece confuso, mas olhando o mapa é simples. ATENÇÂO: isto só vale para Manhattan. Quando vc der o endereço para alguém ou ao taxi, começa-e pelo número (200), depois a direção (West ou East), depois o número da rua ou avenida, em ordinais (Primeira, Décima, e por aí vai). Os taxis são um problema, recusam a corrida sem o menor constrangimento. Abrem a janela e vc diz para onde vai e eles nem se dignam responder, simplesmente vão embora se o destino não lhes agrada. Fique com o Metrô.



A cidade é cheia de parques e praças que têm de ser conhecidos. São, em geral, lindos e lindas, não dá para enumerar todos aqui. E são usados pela população, vc vai poder ter uma noção da vida do novaiorquino. O legal é comprar um doce na bakery mais próxima e sentar-se em um banco para comê-lo. Uma delícia, com qualquer tempo. Por exemplo comprar uns cupcakes na Magnolia Bakery (fila na porta, sempre) do Village e ir para a Praça Abingdon, a um quarteirão.

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