domingo, 31 de janeiro de 2010

Greta Benitez

Ameaça

Venha a mim
Aproveite que a chuva ficou mais forte
E confie mais na sua sorte
Perceba que a luz ficou mais fraca
Aqui entre nós
Espera sem fim
Venha a mim
Antes que eu queira usar a faca


Águia


Tenho tudo de que preciso.
Portanto
minha asa esquerda serve de trono
para um imenso rei indeciso.
Sendo um ser sem necessidade de chão
minhas garras carregam comida
para a multidão.
Somos feitos de ternura e perplexidade
e as espalhamos com prazer
sobre cada nova cidade.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Culpa

MAS NÃO É UM POEMA SOBRE A CULPA?



Retirado do blog Um Jardim no Deserto.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Capinam


O livro é "Inquisitorial"- Poemas, com uma introdução do José Guilherme Merquior, a maior perda intelectual deste país no século passado.


"V

em nós o tempo é o mais humano,
E hoje de homem não temos senão o tempo ganho,
Fração de um tempo maior
que a vagar se compõe, tão árduo.

Por isso, pergunto:
Em todos os tribunais passados,
que lado ocuparíamos

Pois que somos mas não somos ante o tempo
e também seus acidentes
históricos e geográficos,
as estações, a carência e os meses?

Se ainda fosse abril, o que faríamos sendo em tempo do III Reich?"

Inquisitorial,Editora Civilização Brasileira, p.69.

Foto do site imdh.wordpress.com/

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Billy Collins

Poeta premiado, americano, pode ser melhor conhecido aqui. Este vídeo com animação veio, é claro, do Youtube. Os mortos estão mesmo olhando para (por) nós ou somos nós que esperamos alguma coisa deles?A pergunta permanece...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Nicolas Behr

O livro "laranja seleta" é ótimo, foi lançado pela Língua Geral. Dizem que a Livraria Travessa, a original da Travessa, será dedicada às pequenas editoras. Quem sabe a poesia terá vez?

"A flor sonha
com pólens
e estames.

E acorda
toda molhadinha."

e nessas alegrias diárias que nos provocam a provar que Camus estava certo:

"quem mandou fechar o gás?
será que você não viu
que ainda tô vivo?"

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Emily Dickinson



Poema 113

Our share of night to bear -
our share of morning -
Our blank is bliss to fill
Our blank in scorning -

Here a star, and there a star,
Some lose their way!
Here a mist, and there a mist,]Afterwards - Day!

na tradução de Aíla de Oliveira Gomes, pela Editora da USP, 1985, p. 43:

Nosso quinhão de noite aceitar,
Nosso quinhão de amanhecer;
Nosso vazio, de júbilo ocupar,
ou do vazio escarnecer.

Uma estrelinha aqui, outra acolá,
um ou outro se extravia;
A cerração, ora aqui, ora acolá -
Depois - O Dia.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Florbela Espanca



A história da poeta já é mais do que conhecida, porém sua poesia sempre nos reserva surpresas que chegam a ser chocantes. Na edição da Poesia Completa, pela Publicações Dom Quixote, de Portugal, lê-se na página 84:

Oração de Joelhos

Bendita seja a mãe que te gerou!
Bendito o leite que te fez crescer!
Bendito o berço aonde te embalou
A tua ama pra te adormecer!

Bendito seja o brilho do luar (Bendita essa canção que acalentou )
Da noite em que nasceste tão suave, (Da tua vida o doce alvorecer... )
Que deu essa candura ao teu olhar (Bendita seja a lua que inundou )
e à tua voz esse gorgeio d"ave! (De luz, a terra, só para te ver...)

Benditos sejam todos que te amarem!
Os que em volta de ti ajoelharem
Numa grande paixão, fervente, louca!

E se mais que eu, um dia te quiser
Alguém, bendita seja essa mulher!
Bendito seja o beijo dessa boca!

Entre parênteses, a segunda versão do mesmo poema, que foi chamado de "De Joelhos). Os demais versos, à parte algumas alterações na pontuação, continuam iguais.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Poesia

Vá ao Youtube e entre "Def Poetry". Não dá nem para acreditar!! Ícones da música negra recitando poesia. Escolhi este, com a Erika Bhadu (nem sei mais como se escreve). Poetas e fãs devem se encontrar! Convide-me para uma xícara de chá.... Demais!!!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Poesia Chinesa



Como todos vamos acabar usando uma ou outra palavra chinesa no dia-a-dia (relaxe, é inevitável), o livro "Um Barco remenda o Mar" (Dez poetas chineses contemporâneos), organizado por Yao Feng e Régis Bonvicino, pode ajudar a adequação aos novos tempos.
A edição é bilíngue, como deve ser e o livro não é caro. Atirem-se!!

A respeito da rosa

A mosca aparece onde é abril
quero apresentá-la com aspalavras "rosa" e "ave migratória"
elas engendram imagens de abril coisas ao mesmo tempo vivas e várias
vindas do jardim vindas do norte vindas do depósito de lixo mas significando abril
é um mês que já existe no tempo e no espaço uma concepção vívida
não é o abril da poesia nem o abril de um vaso de flores nem o abril de um inimigo
é o abril da terra as rosas completam o jardim as aves migratórias inauguram o céu
e as moscas fazem do aposento uma área onde asas conseguem se mover
cada uma cuida de sua própria vida e lança abril ao campo do nítido
ainda quero apresentar a mosca com "floração"e "trinado" "fragrante" e "melodioso"
e também quero ofertar "germes" à rosa "imundície" à ave
e "mordidas" "zumbidos" também
a passagem obscura do mundo dependa da passagem pela treva para chegar a abril.
a mosca tem a treva de mosca uma rosa a de uma rosa uma ave migratória a de uma ave migratória
nesse mês luminoso antes de entrar nesse mês típico da poesia lírica
a mosca não sabe se vai adentrar a "mosca"
uma rosa de vai adentrar a "rosa"
uma ave migratória se vai adentrar a "ave migratória"
nem todas as coisas conseguem adentrar abril como nos abris da história
na cidade onde vivo abril não consegue chegar na data calendária de abril
não consegue passar pela treva do vidro a treva do ferro a treva de uma fábrica
não consegue passar pela treva da raiva que os revolucionários nutrem pelo velho mundo
num abril sem moscas faltando uma rosa que tampouco apareceu
essa é a treva do mundo uma treva que abril não consegue suplantar.

O poema, de 1994, é de YU Jian, e está na p. 65.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Leonard Cohen

Um vídeo legal de um escritor legal. Mas alguém que se diz democrata e pela liberdade de informação na NET proibir a divulgação do vídeo? Eu queria postar o vídeo de "First we take Manhattan", mas não dá. Quem quiser ver, vá a http://www.youtube.com/watch?v=tFBKV0zVXSE. Está lá, lindo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nuno Rocha Morais 2




CONVITE À SENHORA BISHOP

Venha, por favor, senhora Bishop,
Voando por sobre o cemitério
Fronteiro à minha janela,
Por ruas sem sintaxe,
Por entre árvores que aqui se refugiam
Para poderem envelhecer.
Estarei à sua espera
Quando, à meia-noite,
O parapeito da minha varanda
For a amurada de um quarto
Que vira de bordo e se prepara
para dobrar o Cabo Horn.
Venha, por favor, senhora Bishop,
No salto mortal da elipse,
Revele o segredo da amputação impassível
Que anula a força centrípeta de um Eu,
O iceberg de fogo em constante naufrágio,
O mastro no topo do qual temos de adormecer.
Venha, por favor, senhora Bishop,
Deixe-se invocar, com um sorriso complacente,
Pela sua própria fórmula
Emprestada de outros
(E traga a senhora Moore).
Ensine como a geografia é a ciência
De reconhecer os lugares dentro de nós
E como o facto de serem concretos
Nos exprime e poupa ao etéreo –
As palmeiras que não prestam vassalagem
Ao vento em Key West
Ou o medo profundo que o barroco esconde
Em algumas cidades brasileiras
Ou a contida verdura da Nova Escócia.
Mostre como o mar aprendeu com os tubarões
A caçar ilhas,
Que desaparecem debatendo-se
Num furacão de espuma
E logo as águas cicatrizam;
Mostre como assim preda o seu verso
Num filão de minérios sensíveis.
Venha, por favor, senhora Bishop,
Prove que a única fantasia
É supor a existência de um real
Que não seja fabuloso.

[in Últimos Poemas, Quasi, 2009]
foto: Mole em Havana

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Anna Akhamatova

A poesia russa tem um força impressionante e o pelotão feminino é maravilhoso. Sou fá da Anna Akhamatova, que viveu no princípio do século passado e conviveu com Pasternak,  Mandelstam e outros grandes poetas russos.  A ediçao de poemas que tenho é em inglês, bilíngue (c:omo deve ser) e a tradução do russo é de Stanley Kunitz, vencedor do prêmio Pulitzer. Recomendo muito, está fácil na Amazon. NO Brasil, há uma coisa ou outra em coletâneas. Domage!

The Last Toast (Poem 21)

I drink to our ruined house,

to the dolor of my life,

to our loneliness together;

And to you I raise my glass,

to lying lips that have betrayed us

to dead cold, pitiless eyes,

and to the hard realities:

that the world is brutal and coarse,

that God in fact have not saved us.

- 1934

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Windows 7

Se funcionar direitinho, este Windows Writer é uma mão-na-roda!

Paul Célan




Acredito
que apenas se possa dizer que ama
quando, fora de um sonho,
como Celan você disser:
"Sou tu quando sou eu".

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Poesia Portuguesa Contemporânea



Muita gente escrevendo, milhares de blogs(principalmente no Blogger, parece que não são fãs do Wordpress), um livro ótimo - do Lacerda Editores, que não sei como encontrar: Antologia da Poesia Portuguesa Contemporânea, de 1999,parece que a Nova Aguilar está envolvida. Quero postar O Boi da Paciência, do António Ramos Rosa, mas é enorme, preciso de tempo. Recomendo muito, ainda mais porque a problemática da tradução fica ultrapassada.

A foto, maravilhosa, é do site Olhares - Fotografias On line,da qual usufruo aqui.

Bruna Berber

Já saiu seu livro, Balés. Aqui, uma entrevista com ela.


domingo, 17 de janeiro de 2010

Nuno Rocha Morais



RETRATO


Nuno Morais é um projecto
No bico partido de um lápis
Quando já ninguém pega num lápis.
Nuno Morais é uma farpa feroz
Na pele de alguém que se chama Nuno Morais.
Nuno Morais é a náusea de alguém
que se chama, coitado, Nuno Morais,
E como a náusea está na moda, e é tão moderna.
Desde pequeno, Nuno Morais acalenta o sonho
De ser uma fruteira como havia numa sala da sua infância,
Pela apurada calma dos frutos no seu regaço,
Mas, estando o intento em vias de se gorar-
A sua alma de aviário parece-lhe
Uma mesa de vidro, baça de tantos riscos-,
Nuno Morais pretende ser um quadrado
Porque ouviu qualquer coisa de Aristóteles
sobre a bondade dos quadrados.
Nuno Morais é inverosimilmente indigesto,
Mas será comido hoje, como de resto foi ontem,
Pelo corpo de um tal Nuno Morais.
Os ossos de Nuno Morais não servirão sequer de aviso,
Nem de semente, nem de matéria
Para qualquer outra estrutura atómica.
Com sorte, a mentira de que é
A carcaça fétida e simpática
Teria o privilégio de ser as fezes dos abutres
Pouco exigentes, não se desse o facto
De até para eles ser indigesto
E, de qualquer modo, é tão difícil encontrá-los,
E mais difícil ainda é encontrar um bom abutre.
Nuno Morais tem a pretensão de ser
A primeira coisa na Natureza que se perde,
O que mostra bem a sua soberba.
Se também nisto falhar, Nuno Morais
Gostará mais de pensar que foi apenas um boato.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Denise Emmer

A orelha do livro Lampadário, que ganhou o Prêmio da ABL de Poesia, começa: "Há ocasiões especiais em que a poesia se veste de música, e nos deixa seu efêmero perfume impregnado por uma eternidade."...e por aí vai. Fora o mau uso da vírgula, dá medo!
Lendo o livro, a má impressão vai embora e como a autora já tem catorze livros lançados, é de se perguntar: onde estão eles? Dá vontade de conhecer um pouco mais, ler um pouco mais, de quem escreve:


Navios


Venho ao cais esperar navios
sucedem-se as altas vagas
Aceno sinais de estio
às vésperas adiadas

Te aguardo e quando te espreito
Arrastam-se os segundos
O vento esticou o mundo
Nos cárceres do estaleiro

Passam veios, horas largas
Nenhum sinal de teu fardo
Busco-te a cada entrada
O que me passas - passado.

e também

Primeiras Luzes

Ontem cortei os pulsos quando a manhã raiava
E o sol riscava no céu uma balada
O que fazer então com a alvorada
Se a noite apressa bater em retirada?

Pálida noite regressa à tua sina!
Para não mais abrir minha cortina
E ver a luz que o amanhecer insiste
Em violar a morte dos mais tristes.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Edwin Morgan


Poeta escocês, foi traduzido no Brasil pela professora e poeta Virna Teixeira. Infelizmente, que eu saiba, só um livro dele, em 2006, pela Universidade de Brasília. Portanto, só nos sebos.



NA ESTAÇÃO CENTRAL

Na Estação Central, no meio do dia
uma mulher está mijando na calçada.
Com as costas para a parede e as pernas afastadas
ela inclina-se, o cabelo caindo sobre o rosto,
a saia sombria e o casaco nem sequer levantado.
Sua urina bate na pedra com força
e evapora em direção à sarjeta.
Ela não é velha, nem jovem,
não é suja, nem limpa,
nem em trapos, mas quase.
Ela está no centro da cidade, o fantasma no banquete.
Executivos saindo do trem de Londres
assustam-se incrédulos mas pulam o rio
e mansamente juntam-se à fila do táxi.
A gente de Glasgow passa apressada,
mal olha, ou se atreve a olhar,
ou olha severamente, dura como aço, como
o olhar do poeta, não duro como aço
mas severo, rápido, diminuindo o passo
um pouco, registrador maldito, seus sentimentos
confusos como as folhas de novembro.
Ela é uma estátua em um redemoinho,
surrada por nada que ele possa dizer em palavras,
sangrando nas ondas de conversa
e transita fluidos terríveis de necessidade.
Somente dois homens francamente param,
com um sorriso largo, jogam-lhe um insulto
enquanto cruzam a rua para apostar no jogo.
Sem eles a indignidade,
a dignidade, seria incompleta.



AT CENTRAL STATION

At Central Station, in the middle of the day
a woman is pissing on the pavement.
With her back to the wall and her legs spread
she bends forward, her hair over the face,
the drab shirt and coat not even hitched up.
Her water hits the stone with force
and steams across into the gutter.
She is not old, not young either,
not dirty, yet hardly clean,
not in rags, but going that way.
She stands at the city centre, skeleton at the feast.
Executives off the London train
start incredulously but jump the river
and meekly join the taxi queue.
The Glasgow crowd hurries past,
hardly looks, or hardly dares to look,
or looks hard, bold as brass, as
the poet looks, not bold as brass
but hard, swift, slowing his walk
a little, accursed recorder, his feelings
as confused as the November leaves.
She is a statue in a whirlpool,
beaten about by nothing he can give words to,
bleeding into the waves of talk
and traffic awful ichors of need.
Only two men frankly stop,
grin broadly, throw a gibe at her
as they cross the street to the betting-shop.
Without them the indignity,
The dignity, would be incomplete.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sophia de Mello Breyner Andresen



Ah! Sophia! Mais do mesmo para que tudo fique diferente!! Este poema é de 1987, está no volume III da Obra Poética, p. 333.

Senhor

Senhor sempre te adiei
Embora sempre soubesse que me vias
Quis ver o mundo em si enão em ti
e embora nunca te negasse te apartei.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Osip Mandelstam 2




Poema 384

How I wish I could fly
where no one could see me,
behind the ray of light
leaving no trace.

But you - let the light encircle you
That's the one happiness.
Learning from a star the meaning
of light.

If it's a ray, if it's a light,
that's only because
the whisper and chatter of lovers
strengthen and warm it.

And I want to tell you
that I'm whispering,
I'm giving you to the ray,
little one, in whispers.

(Selected Poems of Osip Mandelstam, trad. Clarence Brown and W.S.Merin, New York Review Books,1973).

Foto de Cristina Cunha. Copyright problems? Email me que eu retiro.

Osip Mandelstam




Sua vida é conhecida, em boa parte, graças às memórias de sua esposa, Nadezhda, que, dizem, decorou grnde parte de sua (dele) obra, antevendo as proibições que viriam. Se alguém aí pensou em Farenheit 451...Morreu no exílio, por "atividades contrarrevolucionárias". Ah! Stalin, o Pai dos Povos...De alguém que escreveu:
"The people need poetry that will be their own secret
to keep them awake forever,
and bathe them in the bright-haired wave
of its breathing"
e também que "o povo precisa de poesia não menos do que de pão", espera-se uma poesia engajada, cheia de posicionamento. Mas não, sua poesia é cheia de lirismo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Antonio Cícero



Um ídolo, quando crescer quero entender como ele escreve tão bem....

ECO

A pele salgada daquele surfista
parece doce de leite condensado.
Como seu olhar, o mar é narcisista
e, na vista de um, o outro é espelhado;
e embora, quando ele dança sobre as cristas,
goste de atrair olhares extraviados
de banhistas distraídos ou artistas,
é claro que o mar é seu único amado.
Ei-lo molhado em pé na areia: folgado,
ao pôr-do-sol tem de um lado a prancha em riste
e usa do outro uma gata e um brinco e assiste
serenamente ao horizonte inflamado
e a brisa o alisa e enfim ele não resiste
à beleza e diz “sinistro!” e ouve eco ao lado.


Antonio Cícero

[Do livro Guardar]
A foto é do Alair Gomes

Boa notícia!

A retomada dos lançamentos da coleção Ás de colete, das editoras 7 letras;CosacNaify, e um ótimo sinal. Os três últimos lançamentos: Sons:Arranjo:Garganta, de Ricardo Domeneck; Ambiente, de Walter Gam e Mapoteca, de Felipe Nepomuceno, são excelentes. Difíceis de encontrar, o "Cantinho da poesia" nas livrarias é cada vez menor.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Caridade...




Vendo o comportamento de certas pessoas e políticos (percebem a diferença?) em relação às recentes tragédias, é impossível não lembrar do livro "As Brasas", de Sándor Marai, onde pode-se ler:

"...irradiava um calor semelhante à bondade das pessoas gordas e indolentes que procuram atenuar seu egoísmo com alguma boa ação pouco trabalhosa."

A ilustração é de Paula Rego. Problemas de copyright, email me que retiro.

Eluard 2

Um poema de Paul Eluard,dito por Ana Catarina Vieira, no programa Mobile, da TV Cultura. Não sei de quem é a tradução.

Eluard




Foi lançada uma nova edição dos Últimos Poemas de Amor do Eluard, infelizmente, em uma edição que não é bilíngue. Essa economia porca das editoras nacionais , realmente, desestimula o leitor. Custa tanto assim??
De qualquer forma, vale, muito a pena!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Buenos Aires

 


Como disse o poeta, "Bueno Aires esconde sua solidão comendo...". Só faltou acrescentar: comendo bem, boas comidas e bons vinhos....
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