quarta-feira, 31 de outubro de 2012

José Gomes Ferreira



Chove...

Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove...

Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Portugal, meu avo(s)zinho!!!

Avos de parte, fração, algo que faz parte do todo. Uma pena nossos laços serem fortes mas frouxos. Sabemos tão pouco, nos beijamos pouco, nos esfregamos menos ainda...Estou sempre descobrindoalgo novo em Portugal, navegando nesses mares modernos das redes, nessas caravelas loucas dos aplicativos...
.
Aqui, JP Simões e Norberto Lobo, em Canção da Paciência.
Mais, mais, mais, mais...

Originalmente, este post foi publicado em 2008 e achei que deveria colocá-lo de novo em contato com as pessoas que, espero e acredito, tenham mudado....Não é preguição, Valéria. É que eu achei que devia...

Elevadores e outros teletransportes


Na minha infância, durante um certo tempo, me fazer entrar no elevador era uma tarefa masculina: um tio, pai, adulto muito maior. O motivo: os incas venusianos, prontos para me abduzir assim que as portas se fechassem. Tive de vir ao Rio fazer um tratamento de saúde e era um trabalhão para minha tia Dadá, a favorita de todos, conseguir chegar ao consultório em minha companhia... tudo passa. Menos o amor pela Dadá, alguém tão doce e gentil que nunca foi chamada de forma diferente em toda a sua, infelizmente curta, vida, por todos e eu quero dizer isto mesmo, absolutamente todos que a conheceram a chamam e conhecem, por um  único nome: Tia Dadá.


Já adulto, ainda penso,à semelhança do detetive Hole, que ao sair de um elevador encontrarei um mundo melhor, mais de acordo com os meus pensamentos de convivência e adequação humanos...domage!! Nunca aconteceu, por mais longa que tenha sido a viagem entre os andares. Minha aflição ao subir no elevador do edifício mais alto do mundo era não reconhecer o mundo externo, me sentir mais deslocado do que já me sinto nos dias de hoje. Puro desencanto!

Manoelito endoidou??? Não, essas elocubrações se desenvolveram devido aos acontecimentos do dia, que me fizeram pensar na obra de Richard Sennet, O Declínio do Homem Público, em que ele, de certa forma, trata da personalização das relações sociais, onde as pessoas se vêem obrigadas a ficar demonstrando, afirmando, exibindo, o que eles "realmente" são. Ou o que eu realmente sou. Mas quem está disposto a ouvir?

Na definição iluminada de Emannuel de Souza, estamos nos transformando no avatar deste ser transformado, o tal cidadão narciso, o lindo..Mas o outro só é realmente importante na medida em que reflete a personalidade do outro. .Fôssemos metade do que proclamamos em redes sociais ou na rede, o mundo seria um lugar muito melhor.

Não é e nem somos. A luta diária é contra os cães e dela não brota flor alguma.

Em tempo: o nome da tia Dadá era Maria Magda Ribeiro da Silva e ela faz muita falta.


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O PT é uma quadrilha


O artigo de Demétrio Magnoli (http://oglobo.globo.com/opiniao/o-pt-nao-quadrilha-6512438) enseja muuuuitos comentários, não sei se as pessoas ainda têm paciência para ouvir mais a respeito, mas vamos lá

Desqualifica as críticas, o contexto, a profissão de especialista em marketing (..vendedores de sabonete), o autor é um resumo do comportamento do partido durante os anos em que, felizmente, não frequentava os corredores do poder. Aparentemente, pelos seus artigos, sempre imaginei que o autor mantivesse uma posição mais neutra a respeito do que acontece no "maior partido do Ocidente!")

Pretendendo livrar a cara do partido ("O PT não se confunde com o que dizem seus líderes ou parlamentares em determinada conjuntura, nem mesmo com as resoluções aprovadas nesse ou naquele encontro partidário. Embora tudo isso tenha relevância, o PT é algo maior: uma história e uma representação..."), ele tenta desqualificar o julgamento do STF que decidiu, claramente, que O PT É UMA QUADRILHA...ou foi, em determinado momento de sua história. Até onde eu entendo, a direção de um partido é a mais legítima representação de seu ideário e de suas diretrizes, ou há aí um engano meu a respeito do papel dos partidos políticos na história!

Usar o mesmo argumento que o José Genoíno ficou até engraçado...evocar a história pessoal para justificar desvios de conduta é, no mínimo, coisa de bandido e mau caráter (e não estou me referindo ao Magnoli).

Embora o foco da crítica seja em José Serra e seus tradicionais equívocos de campanha, que são tantos que ele deveria chamar-se Zé Tiro-no-Pé, ficou uma impressão ruim, de que o comportamento partidário pode ser estanque, que a direção de um partido se desmembra do corpo partidário quando se comporta mal. Muito estranho...

"Na democracia, não se acusa um dos principais partidos políticos do país de ser uma quadrilha." O processo já passou de acusação, como todos podemos acompanhar, estamos na fase da tão falada densimetria. Que foram uma quadrilha que tinha um plano de se perpetuar no poder, não importando os meios, o STF já decidiu. E que representavam o partido nacional e internacionalmente, também não restam dúvidas.

E o silêncio obsequioso (no mau sentido, por favor) com que a imprensa nacional trata o Grande Timoneiro -Lula, para quem não entendeu- deve levantar a suspeita do leitor menos catequisado pelos discursos fáceis, pretensamente democráticos, que circulam pela imprensa. Poderiam ter a gentileza de, pelo menos, colocar aquela famosa notinha: "Procurado, o Sr. Ex-Presidente não se pronunciou.". Qual a razão para que ninguém procure o Lula? Qual a razão para tanto silêncio de quem sempre foi tronitruante ao apontar o erro alheio?

Ponto para Magnoli, que sempre cobrou do ex-presidente uma posição e um pronunciamento a respeito do que está acontecendo.

Manoel Artur da Silva é ele mesmo.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Gastão, o pesador...


Não, não errei, é pesador mesmo....porque Gastão pensa muito, mas pesa as palavras antes de soltá-las no éter...

Maneco, meu avatar momô, andou preocupado com as declarações dos principais atores do julgamento do Mensalão. Você pensou "os juízes"?? Errou, estava me referindo aos réus, aqueles a quem se deve o surgimento desta nova imprensa maravilhosa, a imprensa  que se congratula com a luta de poucos contra tudo e todos a quem esta mesma imprensa passa a vida a bajular e  a escamotear a informação verdadeira.

Genoíno e Zé Dirceu terem sido aplaudidos em São Paulo, mesmo que tenha sido na convenção do partido que lhes deu suporte e motivação para praticar o que praticaram, este, para mim, foi o momento que marcou o julgamento do mensalão. A mensagem é clara: não adiantou nada, não vai mudar nada, teremos mais uma vez uma lista de culpados que não pagarão pelos seus crimes e que rirão de todos nós no aconchego das salas obscuras de Brasília, aquelas salas onde, de fato, se decidem os destinos do país.

O desenvolvimento do julgamento está desembocando onde se esperava: na impunidade, na não-condenação (não podem ser absolvidos, acho, mas podem não ser condenados, eu não entendo os meandros da justiça brasileira) dos principais envolvidos e sem que alguém tenha resolvido a abrir a boca, de verdade.

A atuação dos ministros é a que se esperava, ou alguém conseguia crer que poderia ser algo diferente? E os ministros, repito, são o retrato do país, sem tirar nem por. Mesmo que os principais envolvidos sejam condenados, as penas serão brandas e não obrigarão à devolução do que foi furtado. Como exemplo de informação sonegada, vejam a entrevista do Bicudo ao Programa Sábado Especial. Está tudo lá, como também esteve nos depoimentos do Propinoduto do Estado do Rio de Janeiro e ninguém se deu ao trabalho de ler com atenção ou pesquisar, ou então comparar os dados....era só ler...

O país está indo para a frente? Está, para trás não dá, todos sabem disso!!E a conjuntura mundial foi muito positiva para nós durante anos, vamos ver como ficará à frente. E Gastão segue pensando, remoendo os dados que lhe são atirados pelas telas de seus computadores, tablets e demais acessórios. E pesa com muito cuidado as conclusões e as palavras, mas não consegue deixar de exercer seu superpoder em direção à imprensa nacional, pela enésima vez, esta mesma imprensa que insiste em nos dizer que estamos a caminho de um paraíso, mas esquece-se de dizer que neste mesmo paraíso escondem-se legiões demoníacas com as quais nem Santo Antão sonhou. E Simeão, há muito, abandonou o seu pilar, já que o horizonte que se descortina não faz brotar nenhuma esperança no coração de quem olha esse mundo com olhos menos dóceis do que uma criança.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Poesia Húngara



Lendo o sítio www.dicta.com.br, encontrei um artigo do Nelson Archer sobre a poesia húngara. O idioma é quase impenetrável, como vocês podem ver. A palavra polícia, no Ocidente, é parecida em quase todas as línguas. Em húngaro: Rendőrsége!! Com todos os acentos!!! E até em euskera é polizia....cqd!!!No sítio acima podem ser encontrados diversos poetas húngaros, dos quais selecionei dois:




Lörinc Szabó (1900-1957)



Válasz
Láttam a komédiát,
hajam beleőszült.
Minden férfi bandita,
minden asszony őrült.
Gyomrom, agyam tele van,
öreg undor éget.
Választ akarsz? Kezdelek
kiokádni, élet!
Resposta
Vi a comédia: ela deixou-me
grisalho de repente.
Os homens, todos gangsters; cada
mulher, uma demente.
Do estômago à cabeça, é um nojo
antigo que em mim arde.
Queres uma resposta? Vida,
começo a vomitar-te.


e

György Somlyó (1920-2006)

Seb és kés
A kés és a seb viszonya változó. A seb vérzik. A kés bevéreződik. A seb sajog. A kés kicsorbul. A seb fájva emlékezik a késre. A kés nem emlékezik a sebre. A seb beheged. A kés sebe tartós. Egyszer a seb is elfeledi a kést. A késnek nincs mit felednie. A kés gyönyört lel a sebben, mint a kinyíló testben. A seb is gyönyörét lelheti a késben, mint a beléhatoló testben. A seb irtózik a késtől. A kés is irtózhat a sebtől. Vannak, akik a sebtől irtóznak. Vannak, akik a késtől. Van, aki mindakettőtől. A seb szeretheti is a kést. A kés is szeretheti a sebet. Megeshet, hogy a kés úgy sajog, mint a seb. Megeshet, hogy a seb oly érzéketlen, mint a kés. A seb előbb-utóbb begyógyul. A kés beletörhet a sebbe. A kés sokszor mondja azt: Én vagyok a Seb. Egyszer a seb is azt mondhatja: Én vagyok a Kés. A seb és a kés viszonya változó. Csak egy változatlan. Hogy van seb és van kés. A kés a seb kése. A seb a kés sebe. Nem lehetnek meg egymás nélkül.
Ferida e faca
A relação entre faca e ferida é variável. A ferida sangra. A faca se ensangüenta. A ferida dói. A faca se embota. A ferida se lembra dolorosamente da faca. A faca não se lembra da ferida. A ferida cicatriza. A ferida da faca é duradoura. Algum dia até mesmo a ferida há de esquecer a faca. A faca não tem o que esquecer. A faca se deleita com a ferida como com um corpo que se abra. A ferida também pode se deleitar com a faca assim como com um corpo que a penetre. A ferida tem horror à faca. A faca também pode ter horror à ferida. Há quem tenha horror à ferida. Há quem o tenha à faca. Há quem tenha horror a ambas. A ferida pode também amar a faca. A faca também pode amar a ferida. Pode ser que a faca sinta dor como a ferida. Pode ser que a ferida seja insensível como a faca. A ferida há de sarar um dia. A faca pode se quebrar na ferida. A faca diz freqüentemente: Eu sou a Ferida. A ferida pode vir a dizer um dia: Eu sou a Faca. A relação entre ferida e faca é variável. Só uma coisa não varia. Que há ferida e há faca. A faca é a faca da ferida. A ferida é a ferida da faca. Uma não existe sem a outra.
O crédito é do sítio www.dicta.com.br. Dos autores, não tenho a menor ideia, só lhes dou o crédito de acreditar que escrevem lindamente. Problemas com direitos? Post um coment, que eu retiro , sem problemas. Mantive o original, por uma questão de coerência...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Cena de Metrô


Cena de Metrô

Minha amiga Claudia De Oliveira Cunha lê muito. Eu também leio, já li mais, mas estou retomando o ritmo. Mas nunca fui daqueles que leem (ainda tem acento?não tem mais?) "até o sono chegar"!! Estou lendo um livro bastante bom que a Claudinha me emprestou, e com ele na mochila, fui para o Metrô, preciso trabalhar até ter idade para me aposentar e não me preocupar mais com o futuro, já que ele não existirá mais. 
Com a atenção presa no livro, lembrem-se de que ele é bom, dois jovens, eu ia escrever garotos, mas isto poderia dar a ideia errada, dois jovens, um deles meio gordinho, vestido de vermelho, a camiseta meio bufante....conversavam, em voz mais alta do que recomenda a boa educação.
-"Mas tudo é meio estranho", disse o magro.
-"Eu não tenho este problema, acho tudo normal!", disse o gordinho
-"Mas você pode, é inteligente para c....", elogiou o magro.
- "Eu sou um gênio!!", disse o gordinho, jogando os cachinhos a la Chico Alencar para os lados.

Não sei se foi o livro que me distraiu, não sei se é minha atual posição em frente às coisas do mundo, só sei que a frase saiu, assim, parecendo um voto do Lewandowski:

-"Ah! Então eu quero três desejos!!!"

Ser chamado de careca escroto não me perturbou nem um pouco. Acho que o que incomodou o gordinho foi a risada alta do amigo, que corroborou o que escreveu Nelson Rodrigues sobre o tapa: o problema é o barulho!!

As pessoas riram, o gordinho ficou vermelho, disse mais uns três palavrões, sendo que um deles foi novidade para mim, mas tenho certeza de que não era boa coisa.

Então, ficamos assim: ler no metrô, só livros ruins....

Bob Marley

Queria viajar, mas não tinha dinheiro
fumei um baseado 
e viajei o dia inteiro.” 



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cesare Pascarella

"No mundo, nesse bosque de assassinos, / queres saber quem são os verdadeiros amigos? / Queres saber quem são? São os tostões."

Pascarella, poeta italiano, do princípio do século XX. Escreveu muitos sonetos, mas, pelo jeito, não marcou época.


sábado, 13 de outubro de 2012

Indagação



"Envelheço aprendendo sempre."

Sólon, citado por Plutarco.

Será esta a razão de cada vez enxergarmos menos?

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

António Ramos Rosa



                                Antônio Ramos Rosa

À noite trocou-me os sonhos e as mãos 
dispersou-me os amigos 
tenho o coração confundido e a rua é estreita 
estreita em cada passo 
as casas engolem-nos 
sumimo-nos 
estou num quarto só num quarto só 
com os sonhos trocados 
com tôda a vida às avessas a arder num quarto só
Sou um funcionário apagado
 
um funcionário triste 
a minha alma não acompanha a minha mão 
Débito e Crédito Débito e Crédito 
a minha alma não dança com os números 
tento escondê-la envergonhado 
o chefe apanhou-me com o ôlho lírico na gaiola do quintal em frente 
e debitou-me na minha conta de empregado 
Sou um funcionário cansado dum dia exemplar 
Por que não me sinto orgulhoso de ter cumprido o meu dever? 
Por que me sinto irremediavelmente perdido no meu cansaço? 
Soletro velhas palavras generosas 
Flor rapariga amigo menino 
irmão beijo namorada 
mãe estrêla música 
São as palavras cruzadas do meu sonho 
palavras soterradas na prisão da minha vida 
isto tôdas as noites do mundo numa só noite comprida 
num quarto só. 

Keith Richards




How can I stop


You offer me
All your love and sympathy 
Sweet affection baby
It's killing me
'Cause baby baby 

Can't you see
How could I stop 
Once I start baby
How could I stop

 once I start
How could I stop 
Yeah yeah 
How could I stop
 once I start
You look at me 

But I don't know what you see 
A reflection baby
Of what I want to be
I see your face

And I want to roll with it
But how could I stop Baby

 how could I stop
How could I stop
Stop it, stop it
If I could, I'd take you all the way 

Baby, baby listen what I say
There's even some things
That I just would not pay
'Cause how could I stop 

If I start babe
How could I stop
If I start Start with you 
How could I stop 
If I start, baby 
How could I stop
If I start with you
It's too easy

 to lay here at your fee
t I couldn't take the heat 
There's somewhere else 
Maybe you should go 
Baby maybe baby just a further down the road 
How could I stop 
If I start with you baby 
How could I stop 
How could I stop 
Once I start
You tell me baby 

Once I've started with you 
How could I stop
Once I start
Stop, stop, stop


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Singapura

The best is yet to come....
 Uma coisa, Singapura!!Moderna, gostosa, limpíssima, não sei como funciona esta coisa de cidade estado, mas, pelo jeito, aqui funcionou.


A última cidade da viagem foi a grande surpresa entre todas!!!Primeiro, o hotel, um tantico abaixo da média que estávamos habituados. Mas ainda assim, muito bom. E a localização??!!A melhor possível, bastava atravessarmos a rua e estávamos em um shopping e dentro, havia uma estação do metrô. Para um lado, uma região à beira do rio, com bares e restaurantes e para o outro lado, Chinatown.



Por falar em Chinatown, alguém precisa dizer aos chineses que eles estão exagerando. Estão se transformando no pessoal que todos adoram odiar e falar mal, o que deixa antever um futuro trabalhoso para eles.

Uma cidade super-moderna, com tudo o que é preciso para se viver bem: tem um rio que corta a cidade, um povo educado e gentil, comprometido com a cidade (senão, como seria tão limpa?Mesmo com multas, fica difícil, no meio de um festival do meio de outono, a cidade estar tão limpa!!!).




E também tem a Singapore Airlines, não à toa, eleita a melhor classe econômica do mundo em 2011!!Uma delícia, espaçosa, o pessoal superatencioso, comida bastante boa, não tenho reparo algum a fazer em relação à Singapore!!E isto não é pouco!!



Coisas imperdíveis para se fazer em Singapore:

1) passeio de barco pelo Rio;

2) Museu de Ciência, que parece uma flor se abrindo

3) subir à piscina mais alta do mundo e aproveitar o shopping nos primeiros andares. Um barato!!! (nos dois sentidos...)

4) passear pela avenida dos shoppings, são 21, um ao lado do outro.Deixe a carteira em casa ou saia com listinha...rs.


5) Little Índia, uma viagem dentro da viagem. As fotos não fazem justiça às pessoas, aos cheiros e às cores. Uma delícia imperdível.

6) Chinatown, igual a todas as outras, mas ainda assim, merecedora de uma visita.


E as pessoas realmente falam inglês, dificuldade alguma de comunicação, mesmo os porteiros e os seguranças dos shoppings entendem você e conseguem informar sem causar um problema diplomático...até que enfim.



e a grande, maravilhosa e inesquecível atração da cidade: o aeroporto e arredores, a avenida que leva à cidade. Só vendo para acreditar: quilômetros e quilômetros de árvores maravilhosas, flores, bulganvíleas, outras menos votadas, folhagens, dá vontade de descer correndo do carro e ir caminhando para o hotel. E o aeroporto, uma verdadeira cidade, com atendimento notal mil. Se sua conexão vai demorar mais de 3 horas, eles oferecem um city tour gratuito, tem piscina, chuveiros, sala para dormir com camas, livrarias, mil e tantas lojas, mais parece shopping que um aeroporto. E nós achando que vamos fazer uma boa Olimpíada...nem dá tempo, gente, estamos condenados ao vexame...



E a limpeza da cidade! Há multas para quem cospe no chão, joga lixo na rua, etc. Chegamos no meio do Festival do meio de outono, com desfiles, crianças pelas ruas, multidões para todo lado e NÃO HÁ UM PEDAÇO DE PAPEL SEQUER NO CHÃO. Se sujeira for sua praia, dê um pulinho em Little Índia e procure, que também não é fácil, mas perto do mercado pode ser que vc encontre um montinho de lixo...





Este é o último post da viagem e não tenho muito mais a dizer. Viagem é isto, são as memórias que você traz. Informações objetivas estão por aí, na NET, em qualquer canto, mas as memórias, essas são únicas e devem ser tratadas com carinho.

Alguma informação adicional que você acha que posso acrescentar, é só colocar um comentário. Responderei, na medida do possível.

domingo, 7 de outubro de 2012

Thailândia





Thailândia

Bangkok, ilhas Phi Phi 

Guia Tui e outros menos votados

A guia foi o problema da viagem. Inconveniente, chata mesmo, embora fosse uma profissional bem informada. Como quase todos os guias até agora, dificilmente entendem uma pergunta, respondem sempre sim, dão sempre aquele sorrisinho, mas dificilmente respondem diretamente a uma questão. Mas a guia Tui ganhou o prêmio de mala, disparadamente.


Bangkok é uma cidade confusa, cujo trânsito é uma loucura, congestionamentos imensos, demora-se séculos para qualquer deslocamento.


Os templos da Thailândia são maravilhosos, numa mistura de estilos que acaba em beleza. Para quem não gosta do estilo Joãozinho Trinta, fica difícil. Na listinha de visitas obrigatórias:

-Mercado Flutuante;

(aqui na frente, uma cobra albina...brrrr!!)

- Templo do Buda deitado;



- Templo do Buda de jade;

(dizem para não se comer na rua!!Eu tomei até picolé de coco e comi de "um tudo"!!!Depende de cada um!!Se você tem resistência estomacal, sem problemas....)

- Templo do Buda de ouro e 

- Palácio real.

(dois minutos de sinal fechado e vira isto....Bangkok!!)

A religiosidade do povo é uma coisa comovente, é muito interessante ver a entrega das pessoas à sua crença, sem pudores nem vaidades. Acho que é algo decorrente de Budismo, esse abandono todo...

Um aviso importante: é proibido sair da Thailândia com imagens do Buda!!Depende muito do tamanho e do agente da alfândega, então é melhor não arriscar muito!!


(O Buda reclinado...tão lindo!)

Tudo muito feérico, muito espelho, cor, e gente...mares de gente, de todos os cantos. De novo, a melhor época para viajar por aqui é do finalzinho de outubro até final de janeiro, onde a temperatura fica bem mais amena. Caso contrário, você tem um compromisso marcado com a umidade e o calor insuportável...Só como ilustração, Bangkok é a capital do mundo com a temperatura média mais elevada: 34 graus!!! (média, gente, média!!!!).


(O aquário de Bangkok, impressionante!)

Caso você tenha problema com culto a personalidade, a Thailândia é o lugar a ser evitado.Tudo tem o nome da família real, os retratos estão por toda parte e o povo tailandês, pelo menos para nós, afirmou que a família real é ótima para as pessoas, mas era isso mesmo que esperávamos que dissessem...
A princesa tem um bocão vermelho, que faz questão de ressaltar, e o rei é alguma coisa como "Pai dos Pobres"...fico impressionado de o mundo existir antes de eles chegarem ao poder. E tudo é Rama, de I ao IX, Roadway, Highway, Convention Center, ...tudo Rama.



Comida: cuidado com a pimenta, a coisa pode ficar feia se você se distrair e, mesmo que goste de pimenta, prove antes de pedir ou encher a boca...comida de rua tem de ser "no spicy" total e ainda assim vai ser difícil....a comida é deliciosa e há alternativas, entre os milhares de shoppings que existem pela cidade.



Para compras, recomendo a loja MBK, são oito andares para se escolher entre tudo, e o complexo Siam, mais ocidentalizado e onde fica o aquário, que merece a visita, é enorme e muito bem feito.Dizem que há o Centro de Bijoux, mais de 1000 lojas, mas neste, para tristeza do Alberto, não fomos...


(eu, com blusa de frio e maior frebão...chaaaato!!)

Outro lugar pouco concorrido, que vale a visita pelas exposições e pela arquitetura, é o Centro de Artes, na saída da Estação National Stadium, que também é a estação para ir à MBK. No Centro pode-se comprar produtos diferentes do material mais globalizado dos shoppings e mercados, e ainda se tem a oportunidade de ter contato com a arte local, produzida por ali mesmo...vale muito a pena e é um passeio que recomento.



Fomos a um espetáculo folclórico que se revelou a grande surpresa da estada: Siam Niramit (clique aqui para ter uma idéia), acho que se você for de excursão, não escapa. Mas vale a pena!!!Super bem-feito, luxuoso, com um palco imenso, por onde passam elefantes, macacos, cabritos, as fadas voam e contam um pouco da história da Thailândia. Um espanto!! E ainda chove e passa um rio pelo palco, com barquinhos e tudo. Só vendo!!


(Não consigo virar a foto, mas preciso dela aqui. Essas estruturas são chamadas estupas e servem para guardar as cinzas dos mortos. Essas foram feitas pelo Rama V, que incentivou o intercâmbio comercial na Thailândia. As cerâmicas são importadas da China e são simplesmente inacreditáveis. Dê um zoom aí e veja!!!)

Uma das melhores coisas da viagem: estávamos indo para o MBK, a pé, e perguntamos a alguém na rua como chegar lá. Um estudante nos indicou o caminho, e veio uma mulher e tentou nos desviar para outros centos de compra e isto se repetiu várias vezes... estratégia chinesa para desviar os potenciais compradores para os pontos chineses, vejam só. E as mulheres, com a maior educação e gentileza, ficavam dando indicações de outros lugares, dizendo que o MBK era só para japoneses, era muito caro, etc....Hilário!!!

(Pena que a foto não permita ver os detalhes....são impressionantes!!

E os chineses, também por conta disto, estão criando uma imagem superantipática em toda a Ásia! Camboja, Thailândia e Singapur não são os lugares nos quais os chineses são super bem-vindos...e é fácil entender a razão. Mas aviso logo: não tem jeito, eles já estão lá!

 (toda casa tem duas casinhas destas na frente, uma para os antepassados e outra para os espíritos e, diariamente, tem de ser colocado como oferenda, algo de que a pessoa da casa mais goste!!No caso da guia, era Pepsi!!)

O mercado flutuante, infelizmente, está se transformando em um porcariódromo chinês, como quase todo lugar popular. Uma pena, já também trazem aquela mania idiota de não ter preço nas coisas e você ter de barganhar até chegar a um preço qualquer. Para mim, teve o efeito de sempre: não comprei nada!! Quer dizer, comprei comida, conforme verão nas fotos...Arroz gluante com amendoim torrado e manga....ai, ai, ai...e pastel de cebolinha verde, ui, ui, ui.Vá enquanto vale a pena!

(o pessoal dentro d'água em Phi Phi)

De Bangkok fomos para Phuket, que foi destruída pelo tsunami, e Ilhas Phi PHi, onde Leonardo de Caprio filmou. Do jeito que eles falam, parece que o próprio vai sair de trás de um barquinho e falar com você. É um lugar lindo, com águas azuis e verdes, lindo! Mas já se nota a degradação total, muito embora a estrutura de turismo seja nada menos que perfeita!!Tudo funciona às mil maravilhas, pelo menos, para nós funcionou!

É bonito, mas nada excepcional para quem mora no Rio!...

E eu sem poder entrar na água, febrão e tosse.... Depois, Singapura, meu amor!!



sábado, 6 de outubro de 2012

Camboja

(nós em frente ao Museu Nacional, um tantinho indigente, mas com histórias para contar).

Em cambojano, Camputcha...escrito no alfabeto deles, bom....só vendo para crer....graficamente, é maravilhoso, fica imaginando as possibilidades caligráficas....uma coisa!!!

(Nos jardins do Museu Nacional. Acredite, chove todo dia, com hora marcada...aqui, faltavam alguns minutos para o toró, que veio!!)

CAMBOJA

PHNON PHEN

Guia Seng
Motorista Poron

(Parte do Palácio Real, onde o príncipe fica trancado noite e dia...é tão bonito que chega a ser chocante)

(O príncipe fica em casa, desenhando o uniforme dos empregados. Começando pela esquerda, vermelho para o domingo, laranja para segunda, e por aí vai...esse príncipe....deixa prá lá!!)

Como quase todo povo cambojano com que tivemos contato, o guia Seng era muito atencioso. Não houve uma vez sequer em que retornamos ao carro que não houvessem lenços umedecidos e copos de água gelada para todos. E conseguem atingir o extremo da gentileza sem parecerem simplórios ou que estejam fazendo algo forçado. Acho que tem a ver com a educação e a tradição do país...
(se não estou enganado, o pagode prata. O chão é todo de placas de prata..mesmo!!!)

A grande riqueza cambojana são as pessoas, mais que toda a história que possam ter. Depois de tudo por que passaram, o país é formado, em sua maioria, por jovens e isto é visto na quantidade de motos e motonetas e bicicletas elétricas circulando de forma totalmente desordenada pelas ruas....e reúnem-se em qualquer local, naquela pose característica agachada, que eu acho muito estranha, parecem periquitos com problemas.

(Anghkor)


Mas se você quer conhecer o Camboja, corra! Os sinais de corrupção e decadência decorrente da influência do Ocidente já estão pelas ruas, as crianças já estão corrompidas, já pedem dinheiro sem oferecer algo em troca (raro, mas já acontece)  oferecem "Bam bam" sem o menor pudor, em qualquer lugar e para qualquer pessoa. Uma  pena! E bam bam, para quem não entendeu, significa sexo, com búfalos, homens, mulheres e jovens, muito jovens.

(O Guia Thorn, exemplo de amor ao trabalho e atenção às pessoas. Um must....)

E a comida! Ah! A comida é deliciosa, bem temperada, variada e com muitos legumes. As frutas são deliciosas, e as bananas inajá (só quem é de Belém vai entender a surpresa) e as pupunhas estão por todo canto...e os cafés da manhã continuam provocando sustos, com  a variedade e qualidade de tudo o que é oferecido. Acredito que seja decorrente da variedade de povos que frequentam estes lugares, um café da manhã por aqui é uma verdadeira excursão linguística!!!



 Phnon Phen, a capital, não tem tantos atrativos: o Museu Nacional (dispensável, se for atrapalhar sua programação), o Palácio Real,  lindíssimo e o Pagode de Prata, inacreditável.  Alguns templos, mas templos, na verdade, não são um artigo em falta na viagem...


Mas a cidade é boa para se ter uma ideia do povo cambojano, doce, educado e gentil. A grande boa impressão que eu trouxe da viagem. Quero voltar para conhecer o litoral norte, que dizem ser lindo.

SEAM REAP

Guia Thorn
Motorista: Kia

(molhado de suor...ninguém aguenta!!)
Um hotel maravilhoso,The Prince of Anghkor, quase que indescritível, com um pessoal gentilíssimo e a melhor comida de toda a viagem asiática.


(os baixo-relevos, contando toda a história do hinduísmo...uma coisa)

A grande atração são as ruínas dos templos, principalmente depois que a Angelina Jolie filmou por aqui e adotou as crianças. Parece que ela presta uma ajuda mais consistente do que a mídia especulativa deixa transparecer. Aparentemente, ela conseguiu reunir a ajuda sincera com a exploração midiática desta ajuda. Melhor assim.


(por alguma razão, todo japonês tira fotos assim...em Roma, como os romanos e o suor....)

É um passeio que não cabem dicas, já que não há como fugir ou fazer alguma outra coisa. Parece que uma parte do litoral esta se abrindo para resorts e complexos hoteleiros, mas isto não sei.



A lista dos templos está em qualquer sítio da net e é o tipo de passeio em que é difícil ser criativo. A melhor época, ou seja, quando você não se derrete em suor ou se afoga nas chuvas é a partir do meio de outubro, mas aí você vai ter de disputar espaço com as hordas de turistas  europeus, japoneses e chineses e não se iluda, atrapalham muito. Só como exemplo, o Templo da Água, lindíssimo, estava fechado porque o excesso de turistas provocou um desabamento.

(O truque do guia Thorn..._

E o calor.. Neste aspecto, o Rio é para amadores...

Obrigado, em cambojano, é Aw Koon (pronuncia-se au cun). Então, Aw Koon, povo cambojano, e sum tow qualquer coisa!!!