sexta-feira, 5 de outubro de 2012

China - Parte II - Fora de Beijing



XI'AN

Guia Ângela

A cidade dos guerreiros de terracota não é apenas a cidade dos guerreiros de terracota. Há outras atrações: o Templo do Céu, o Pagode do Ganso e, principalmente, a mesquita e o bairro muçulmano.

(Os guerreiros, muita história para contar....)

O que mais impressiona nos guerreiros de terracota é saber que até agora não foi encontrado nenhum, nem um!!!, guerreiro inteiro. São absolutamente maravilhosos e dói saber que a exposição deles ao ar oxidou totalmente as cores. Apenas em alguns poucos é possível perceber as cores vibrantes que eram usadas. 

(O Pagode do Ganso Selvagem, uma livraria dos sutras, maravilhoso!!)

Olhando os galpões pode-se perceber a grandeza da ideia do imperador Qinshihuang que queria ser enterrado com toda uma corte. Uma pena que as carruagens e as carretas não puderam ser preservadas.  Um passeio impressionante, que nos deixa maravilhados com a capacidade do ser humano criar coisas belas e também com a capacidade de um ser humano julgar-se tão superior ao outro a ponto de construir algo tão magnificente ao custo de milhares de vidas.

(Templo do Céu, ligado às colheitas)

E fica a lição para todos aqueles que se julgam acima de seus semelhantes: quando os trabalhadores souberam que o imperador Qinshihuang tinha morrido, pararam com o trabalho, destruíram sua maior parte e utilizaram o material para consertar ou fazer suas casas. 

(A mesquita, um dos lugares mais lindos de toda a viagem)

O Templo do Céu e o Pagode do Ganso Selvagem são construções milenares, lindas. O templo do Céu destinava-se às cerimônias relativas às colheitas e o Pagode do Ganso Selvagem servia como biblioteca para os monges tibetanos. Muita história...


(Tati e Nelson, os colombianos queridos, e a guia Ângela, que ama sua cidade e sabe tudo, mas tudo mesmo sobre ela)

Porém, em Xi'an a experiência realmente tocante é a mesquita, localizada em meio a um jardim antiquíssimo, com árvores com mais de quatrocentos anos. As árvores são um espetáculo à parte em toda a China, e a administração tem uma forma interessante de identificá-las: plaquinhas verdes nas árvores significam árvores com mais de duzentos anos, as plaquinhas vermelhas significam mais de trezentos anos, o que pode significar qualquer número...aliás, o conceito de tempo é muito relativo na China, falam em vinte, trinta anos como falamos da semanas, os planejamentos econômicos são para vinte, trinta anos. Sem dúvida, os chineses serão a maior potência econômica nos próximos cinco anos, sem a menor dúvida, basta ver o que foram capazes de fazer em Shanghai. E é estranho estar em contato com objetos, prédios que são mais velhos do que o Brasil, mais velhos do que aquilo os ocidentais, de forma condescendente e presunçosa, consideram história.

(A mesquita e seus jardins, lindos....)

Se for algum dia a Xi'an, procure hospedar-se dentro ou nas proximidades da muralha, certamente o melhor lugar para se estar. Há duas torres, uma mais linda que a outra, a do Sino e a do Sul, se não me engano. Dúvidas??A Net está aí para resolver, eu só estou narrando....


SHANGHAI

Guia Álvaro

(se eu soubesse tirar fotos noturnas, esta seria lindíssima!!!)

"A" cidade chinesa, até agora. Um espanto positivo, maravihas arquitetônicas, uma cidade aparentemente mais cosmopolita do que Beijing, cheia de atrações tanto para os chineses quanto para os ocidentais.

Passeios que precisam ser feitos em Shanghai: o bairro francês, a cidade antiga, que eles chamam de Soho, o passeio pelo malecón, de onde se tem a vista que consegue superar a de Manhattan vista do Brooklyn, o templo do Buda de Jade, a subida ao edifício mais alto do mundo (até os árabes construírem um mais alto), a rua peatonal.

(O guia Álvaro, sabe tudo e gentilíssimo!!!)

E o passeio noturno de barco, ainda meio bagunçado, dá uma visão maravilhosa da cidade...não faz parte do programa das excursões, mas é fácil de encaixá-lo e vale muito a pena. (Eu não sei tirar fotos noturnas, então, fico devendo).

(A quantidade de gente....movimentação noturna!!)

A quantidade de eletricidade e a iluminação dos prédios é algo totalmente impressionante, suficiente para iluminar uma cidade de 3 milhões de habitantes. Os prédios têm uma iluminação especial, muito bonita, que é desligada às 11 horas da noite. Há uma competição para quem constrói o prédio mais alto e mais bonito, já está em curso a construção do edifício que será o mais alto do mundo. A subida ao observatório (mirador) também impressiona, são 492 metros percorridos em segundos e o chão de vidro dá uma impressão muito esquisita, mas bonita.

( a turma toda, incluindo os queridos colombianos, uns amores!!(

O lugar que eles chamam de Soho é uma delícia, cheio de lojas e bares, alguns restaurantes, muita gente. A cidade velha e os setores francês e inglês também são muito movimentados e merecem um visita.

Outra coisa que impressiona: a participação das pessoas na vida da cidade!!! No calçadão deles (chamam de peatonal), atividades sem fim, de teatro, ópera, até dança de salão, apresentação de grupos, jogos de tabuleiro, uma beleza. A cidade pulsando, viva mesmo, com as pessoas funcionando como veículo do que ela tem a oferecer...chega a emocionar!

(a vista do Malecón, o tal cakçadão. O redondão é a torre de tv)

Shanghai talvez tenha sido o grande erro de planejamento da viagem, mereceria mais dois dias, pelo menos. Soubemos que é muito difícil mudar os percursos do meio da excursão, parece que as pontas são mais maleáveis neste sentido. Mas fica a sugestão: ao planejar sua viagem, tente aumentar o tempo em Shanghai, você só tem a ganhar.

(o povo nas ruas, dançando, cantando, jogando, fazendo com que a cidade seja viva)

GUILIN

(a vista de Gui Lin, bonita)

Passeio pelo rio Li e caverna das canas verdes. Nada muito impressionante, a não ser o fato de não  ser impressionante. A paisagem que atravessamos é considerada a mais bonita da China, ilustra a nota de 20 yuans, mas, para um carioca ou fluminense, não apita nenhuma nota....A vista da Serra dos Órgãos, tanto descendo quanto subindo, é muito mais impressionante.

(no centro da cidade, um lago lindo e passeio de barco)

Na verdade, a única diferença é a exploração racional do turismo interno, multidões de chineses, (a fila para a comida no barco era de entristecer), um serviço simples e bem feito, o que gera um sentimento profundo de inveja em quem tem tanto a oferecer e consegue estragar o pouco que é feito.

(movimentação ribeirinha)

Muitos pescadores, muitos barquinhos pequenos. Tentar fazer uma excursão com os barcos pequenos, não os grandes, que são sem personalidade alguma. Comida no barco, fila para pegar a comida primeiro. Mas não merece maior registro...


(a vista que está impressa na nota de 20 yuans)
HONG KONG


(A vista de Hong Kong e seus conjuntos habitacionais...)
Guia João

A cidade final da China foi uma tremenda decepção. A cidade, as pessoas, o hotel (Regal), tudo, enfim, decepcionam profundamente quem tinha tantas expectativas. Talvez seja este o problema, o excesso de expectativas em relação a uma cidade....

(Alberto na Ladie´s Street, um centro de compras enorme, são 12 quarteirões!!!)

Há o templo de Man Mo, de uma beleza simples que chega a ser comovente. E as espirais de incenso queimando acima de nossas cabeças, jogando suas cinzas nos nossos olhos...muito, muito lindo e inspirador. Se uma conversão ao budismo faz parte de sua agenda, talvez seja este o lugar para o impulso final.

(Forster e o Centro de Convenções, um prédio maravilhoso!!)


A arquitetura aqui também está explodindo, os prédios novos são lindos, principalmente o Centro de convenções à beira mar do Norman Forster, lindíssimo. E os conjuntos habitacionais, prédios imensos de 40, 50 andares, vendidos a preço de banana pelo governo ou alugados para quem não pode ou não quer comprar. E são 10, 15 prédios deste tipo, todos juntos...

(A orla de Hong Kong, impressionante)

A cidade é, praticamente, uma multidão só. Todos falam inglês é a balela corrente, fazer-se entender em qualquer língua que não seja o impenetrável cantonês é de uma dificuldade...(estou falando de tentar alemão, francês e inglês, além dos óbvios espanhol e português). Sem nenhum exagero, comprar um sapato junto com o Alberto foi uma experiência torturosa, a questão da numeração, da cor, tudo um sofrimento (mesmo!)...e as placas das ruas estão no meio dos quarteirões.... Mas o mundo ainda vai falar mandarim ou cantonês no lugar do inglês, é só esperar.

(Alberto, em frente ao templo de Man Mo, tudo rosa)

Agora, se o seu problema não é a comunicação, Hong Kong é o paraíso das compras...Atenção que os shoppings e lojas estão nos primeiros andares dos prédios, imensos, aliás. Fomos ao Times Square a alguns outros na Avenida das Estrelas, lojas de todo mundo, a globalização está acabando com o prazer de viajar. 

(Vista geral de Hong Kong)

Mas não pense que você vai encontrar o negócio da China de sua vida em Hong Kong! Os preços não fazem nenhuma vantagem, além da  óbvia desvantagem de não ter parcelamento e se a compra der algum problema, a solução fica muito difícil. os eletrônicos, em sua maioria, não são compatíveis com os sistemas que temos e o preço.....saudades de Nova Iorque.


(Os queimadores de incenso no Templo de Man Mo, um efeito lindo!_

Um comentário:

  1. Para quem se interessar e quiser informações mais precisas, o sítio http://www.topchinatravel.com/china-attractions/ tem fotos ótimos e textos bastantes razoáveis sobre as atrações chinesas. Muito bom!!

    ResponderExcluir

Comente o que acha que deve, mas use termos gentis, mesmo que desaforados...