domingo, 17 de novembro de 2019

Nós e o judiciário brasileiro.... uma relação desgastada!

Lúcio Mauro, meu ser pensante, fica abismado com a valorização do discurso do ministro Luis Barroso! Parece que o poder de análise das pessoas anda prejudicado pela necessidade de se adotar um postura "política"!!! Estar vivo já é uma postura política, estar vivo no Brasil já é uma atitude extremista (e extrema) e estar vivo no Brasil e no Rio de Janeiro significam que, sob algum aspecto, vc é um vencedor.

Como assim "os pobres não corrompem"?? Não corrompem pelo óbvio, faltam-lhes meios para corromper. É preciso discutir isso?
Que tal discutir a facilidade de se corromper os pobres e miseráveis?? Trabalhei 27 anos na ALERJ e a fila das misérias sempre esteve lá, de segunda a quinta . Um carguinho, uma transferência de escola, uma vaga em hospital, uma creche para a netinha, um emprego perto de casa, um aparelho para o deficiente.... e por aí vai. A discussão deveria ser centralizada nas razões porque somos um país com tantos miseráveis.
Vc ter sucesso na vida, planejar sua velhice, ter acumulado bens (ativos é o termo, né?), transformam vc em um marginal, um explorador em potencial (mesmo tendo sido empregado a vida toda!!!), alguém que se vendeu ou que "se deu bem", a troco de, sabe Deus, alguma coisa. Um corrupto ou corruptor, no less...
Um discurso desses desvaloriza o trabalho, o planejamento, a disposição para o sacrifício e para o comedimento!! As oportunidades, se não iguais, deveriam ser aproximadas. Mas o fato inegável é que alguns conseguem aproveitá-las e outros não.
Pobreza nunca foi e espero que nunca seja uma qualidade. Também não é defeito. É uma circunstância contra a qual é possível lutar. Só é preciso que os meios de luta sejam garantidos para todos. E que os privilégios (uma seara na qual o judiciário -minúsculas, por favor!- é pródigo) sejam reduzidos ao máximo. Uma boa forma de começar! Ou estar coberto de privilégios não é uma forma de corrupção???




O texto acima eu publiquei no Facebook, com as restrições que um espaço mais aberto exige. Mas eu complementaria sugerindo a alguém que esteja lendo isso que consultasse as Leis da  Magistratura, estadual e federal, e vejam a quantidade absurda dos privilégios que o pessoal do judiciário- minúsculas, por favor- usufrui.
Ficar cagando regras quando tudo e todos colaboram com o bem bom de todas as escalas desse poder podre, fica muito fácil. Quero ver é abrirem mão de um, apenas um, dos inúmeros privilegios que gozam. Duvi-d-ó-dó!!

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