sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mario Faustino




Dizem horrores dele, que era muito doido, devasso(a), qualquer coisa. Mas é impossível não amar alguém capaz de escrever:

Soneto
Necessito de um ser, um ser humano
Que me envolva de ser
Contra o não ser universal, arcano
Impossível de ler
À luz da lua que ressarce o dano
Cruel de adormecer
A sós, à noite, ao pé do desumano
Desejo de morrer.
Necessito de um ser, de seu abraço
Escuro e palpitante
Necessito de um ser dormente e lasso
Contra meu ser arfante:
Necessito de um ser sendo ao meu lado
Um ser profundo e aberto, um ser amado.

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