quarta-feira, 30 de julho de 2014

Bom para passear

Um mapinha sempre ajuda!
Como vocês puderam ler, gostamos muito de Montevideo. (Tem acento? Não tem? eu não coloco.). Uma cidade com muitos passeios para fazer, lugares para ver. Os museus não são atrativos, o comércio é relativamente fraco, mas os pontos positivos cobrem com sobras esses probleminhas e.....tcham.....tem cassinos na cidade, para quem gosta de jogar.

Praça Biarritz, onde tem a feira.
Fomos a um cassino, jogar em caça-níqueis.  Definitivamente, não é a minha praia, não sinto prazer algum e muito menos tensão. Fico com aquela sensação permanente de que estou jogando dinheiro fora, e mesmo em outro ambiente, continuo pensando assim. Então, para mim, não. Mas há vários cassinos, o Google está aí para quem faz questão do endereço.

Praça da Liberdade, onde começa a  rua de pedestres.
Transportes: os táxis são baratos, mas um tanto complicados. Dependendo da hora e lugar, pode ser um trabalhão conseguir um. Nós andamos muito de ônibus, para quem vive em Rio ou São Paulo dá para tirar de letra. Custa, em julho de 2014, $22,00 - vinte e dois pesos uruguaios, equivalente a 2,20. Nos pontos há uma itinerário esquemático e, importante, diz o primeiro e o último horário que aquele ônibus que vc quer passa naquele ponto.
Nos táxis, bastante baratos, tem um vidro separando o passageiro do motorista, acho que é resquício de um tempo mais perigoso. Os carros amarelos e pretos são mais antigos e menores, os branquinhos são mais modernos e maiores. Não sei se isto quer dizer alguma coisa.

Palácio Legislativo, onde não fomos, e tem o Mercado Agrícola ao lado, onde se come a melhor comida de Montevideo, segundo duas pessoas para quem perguntamos onde almoçar. Ficou para a próxima e em breve.
Dinheiro: dólares, reais e pesos... É melhor perguntar sempre, PRIMEIRO, se aceitam...se for fazer reservas, pergunte também. O Taberna del Diablo somente aceita pesos, por exemplo.

Clarabóia do MAPI, museu de arte pré-colombiana e indígena. Evite!
Shopping: há vários, com um comércio assim, assim...cinemas, cassinos, lugares para comer, praça de alimentação. Os preços são compatíveis com os do Rio de Janeiro, nada muito mais barato, nem muito mais caro. Dando um google, aparece uma lista deles. Em todos, os ônibus passam na porta.
O comércio de rua é legal, bem espalhado, mas no mesmo padrão. Como é uma cidade gostosa de passear, pode ser uma vantagem, se não estiver tão frio e ventando tanto.

Hotel: Ficamos no Punta Trouville Hotel, um apart bastante bom, em termos. Se for ficar lá, pergunte se já reformaram o restaurante e o elevador. É, um só, barulhento, parecia uma briga de hienas pela madrugada.
O banheiro é mínimo (necessaire na copa), o atendimento é um tanto claudicante, mas, no geral, e pelo preço, dá para ficar. O restaurante é subdimensionado e no café da manhã pode ter um ligeiro embotellamento. Nada muito grave e o pessoal da cozinha é muito gentil, mesmo. Recomendo a área de Pocitos e Punta Carretas (Bairros), bem servida de ônibus para todos os lugares e próximo à rambla, onde, querendo ou não, você vai acabar passeando e serve como orientação para os passeios. Há vários hotéis e flats por ali, e a Val Galvão recomendou o My Suites.

A exposição de que falei, no Parque Rodó, sobre as mulheres negras. Hám uma poeta, cujo poema vai para a página Um Poema Por dia...
Parques: São muito, limpos, bem cuidados e não são perigosos. De dia, fique claro. Qualquer parque, em qualquer cidade grande, é perigoso à noite, não se engane. Rodó, Batlle, Rosedal, Prado, Jardim Botânico, e outros menos votados, todos tem um feirinha algum dia da semana, mas as que vi não valeram a pena. Infelizmente! Mas os parques valem, e muito! Gente simples, alegre, solícita e pronta a ajudar dois senhores que pedem muuuuuita informação.
Quando estivemos no Parque Rodó, havia uma exposição a céu aberto sobre mulheres negras que participam da vida, laboral, cultural e ais a mais de Monti. Muito interessante.
Os monumentos também são muito bonitos, preste atenção neles.
Comer, comer...Mercado del Puerto

Mercado do Puerto: programa puramente turístico, totalmente desinteressante hoje em dia. Lojas de artesanato e restaurante e interesse nenhum. O interessante é o caminho para lá, veja no item abaixo.

Rua Peatonal: ou de pedestres. È a Calle Sarandi, que vai da Plaza Independência até o porto. Um passeio ótimo, cheio de coisas para ver, tem uma feirinha aos sábados, restaurantes, livrarias lindas, bons restaurantes e alguns dos lugares frequentados por Vinícius de Moraes quando era embaixador lá (ou morou lá, não tenho certeza). Muito bom passeio. Vai até o Mercado do Porto, então você pode conjugar dois passeios aqui, ou três, se for no dia da feira da Tristan Navaja.

Feira da Tristan Navaja

Feiras: sou fanático por feiras de rua, ou somos, eu e Alberto. Fomos a três, a da Praça Biarritz e do Parque Rodó, que, francamente, não valem a pena. Apenas roupas e artesania de carregação, nada interessante, a não ser que seja a sua praia. A feira do Rodó tem um atrativo, a Taberna del Diablo, que fica ao lado, que vc decifrará em restaurantes.
Agora, para se divertir, vá à feira da Rua Tristan Navaja, aos sábados, a partir das 10 horas da manhã até o final da tarde. Tem de um tudo!!!! De frutas e legumes a bombas antigas de gasolina, de aparelhos de chá da Cia das Índias até o chinelo do vizinho que foi jogado fora e eu acho que dá para vender para alguém, entenderam? T-U-D-O!!!!! E as livrarias, zilhões delas, com todos os tipos de livro.  Allegra, Rupafin, Claritin e outros menos votados nos bolsos, senão não se sai vivo dali!!
Prepare-se para achar alguma coisa que você sempre quis e não sabia, achar alguns preços absurdos e outros aceitáveis. Se tiver tempo, os vinis são uma diversão...
Banheiro público, nem pensar! É preciso para a gentileza de um dono de bar, essas coisas.
A feira  começa na Tristan e hoje cobre, literalmente cobre, várias ruas do entorno e você se diverte muito. Imperdível!

Livros, zilhões pela feira e por toda a cidade...
Restaurantes: Bom, é um terreno pantanoso, cheio de pegadinhas. Ás vezes, você vai em um dia ruim, a mulher do chef dormiu fora, a filha do garçom (mozo) fugiu de casa, então nada dá certo para você. E você leu no Tripadvisor ou outro sitio que o restaurante era ótimo! É, só não foi para você. Este é o espírito, combinado?

Preços: são caros, os restaurantes uruguaios. Na média, talvez mais caros que os do Rio..não, no preço dos restaurantes médios de São Paulo. É isso.
Cobram sempre o cubierto, você comendo ou não. Então, coma! Gorjetas de 10% são de lei, mas se vc não deixar, eles nem ligam, se bem que estão pegando o hábito. Os pedidos devem ser feitos de uma vez - entrada, sobremesa, bebida-, sobremesas (postres), depois. Reserva, em quase todos. Vimos muuuita gente dar com a cara na porta.
E se você não tomar todo o vinho, além do problema (sim, você tem algum problema!), você pode levar a garrafa para casa.

Francis, o top restaurante desta viagem.. recomendadíssimo!Podem ir!
The best: Francis, tem no centro ( diz o Alberto que não é no centro, é em Punta Carretas) e em Carrasco, o bairro chic e metido a besta de lá. O do Centro é ótimo, comemos bem, o serviço é excelente, a somelière é ótima, não empurra vinhos caros. Se for comemorar, é aqui. (eu não fui...mas também não sabia...).

Depois, a Taberna del Diablo, para um lanche ou jantar mais cedo, antes de um programa. As melhores empanadas do mundo, segundo minha sobrinha Rachel.Não chego a tanto, mas elas são deliciosas e o atendimento é nota mil. E custam $48 (R$ 4,80) cada!!. E você vai comê-las tomando a cerveja Patrícia, uma delícia. Rima e é uma solução... Fomos na do Parque Rodó, mas tem outra. O legal é ir com mais pessoas, para experimentar vários sabores. São, pelo menos, três empanadas para cada um.

Jacinto: ambiente ótimo, comida muito boa, fica à beira da rua peatonal, então pode-se conjugar um almoço...eu comi um papardelle divino, e eles tem um suco de limão siciliano, gengibre e menta (a deles é diferente) que dá vontade de se afogar nele!

Restaurantes que fomos e enfrentamos a situação descrita na abertura do tópico: para nós, não serviram: Tandori e Ricci, sendo que o segundo foi um fracasso absoluto! O Tandori ainda tem um ambiente bonito, bem cuidado e dá para relevar...já o Ricci...

Parillas: o popular churrasco, com carne nota dez. As de bairro, fora do mercado, são as melhores. Pergunte a alguém na rua onde ele come a parilla e pronto. Com certeza, ele tem alguma a indicar. Foi o que fizemos e nos demos muitíssimo bem!
NO Mercado, falam de uma tal Palenque, mas não deu a menor vontade de comer por lá. Muito barulho e fumaça...
Peça qualquer corte, a carne uruguaia é ótima. Eu adoro as mollejas, refeição sem mollejas (ris de veau ou glândula timo) não está completa. Problemas com colesterol, refluxo, azia: procure outro lugar, correndo. E tome vinho, o preço é bom. Cuidado com o vinagre nas saladas, geralmente é muito!

Lanches: são zilhões de cafeterias, fomos a algumas boas, outras não, outras ótimas. É conta e risco, gostar da aparência e entrar. Os doces uruguaios são deliciosos, pode comer sem sustos!

Coisas que não fizemos:

Não fomos passar um dia em Punta del Este (sacrilégio!!!)...rs. Ambos já conheciam.

Não fomos a Colônia Sacramento...eu detesto! (heresia)...rs

Não comemos um chivito, os dois já conheciam...

Não fomos à vinícola Bouza (não gostamos do vinho, o que iríamos fazer lá?)

Não fomos ao Bairro Carrasco, olhar casas de gente rica e prédios modernosos...Tem um shopping e uma filial do Francis, caso vc não consiga reserva no do centro (Punta Carretas,ok?).

Não fomos ao Palácio do Legislativo nem no Mercado Agrícola (ao lado) onde, duas pessoas me informaram, se come a melhor comida de Monti. E só descobrimos isto no último dia! Mas voltaremos logo.

Não fomos ao Jardim Botânico também, dizem que é lindo.

Não entramos na água, afinal, não somos focas nem pinguins.

Não encaramos o Uruguai como um país folclórico, com um tiozão tomando conta. O país é educado, está no bom caminho, é agradável de se viver e visitar. Pode ir!

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