quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Calma lá, gente!


Não se pode criticar o governo atual sem recebermos de volta históricos fajutos de crescimento da renda da população e outros dados que não tem sequer relação com a conversa.  Obnubilados pelo fanatismo de suas próprias ideias, não conseguem conversar sem trazer à baila o nome de Fernando Henrique. Sei não, mas isso não resiste à primeira sessão de análise com o "cota" formado em último lugar na turma! (Vão dizer que a sentença está carregada de preconceito! A primeira sinalização de falência do pensamento é a perda do sentido de sarcasmo e ironia!)



Vamos conversar igual a adultos: Le Bon escreveu que a química dos grupos era uma força que criava sentimentos purificados das variações individuais, e que, ao ser apanhada na química do grupo, a pessoa perdia a si mesma. Precisa explicar? Citando Sennett, de novo:" Quanto mais engajadas, comprometidas e emocionalmente envolvidas  são as pessoas na vida social, maior dissonância sentem, necessariamente. A interpretação do que acontece  torna-se uma atividade difícil  e exigente."
Mais uma vez, precisa explicar?



Não é que este pessoal não tenha estudado, é que atingiram um nível de manipulação que tornou simplesmente impossível a conversa a respeito de alguma coisa que não seja a cerveja artesanal lançada por um amigo na Praça da Bandeira.

Sugiro aos queridos que procurem ajuda, atravessar esse período de desilusão, desencanto, transferência de rancor, pode se tornar um momento crítico na vida de cada um. Pensem bem, não dói, "doação" não é "renda", "prêmio" não é "mérito".



As desigualdades estão aí, não é preciso reforçá-las tanto no campo das ideias. Pensar faz bem, não dói e ajuda a compreender que o momento do País é perigoso, triste, desalentado. Isto não tem nada a ver com gostar de pobre ou não, gostar de comunidades ou favelas, ter amigos nordestinos ou manauaras. A vida está ficando mais difícil para todos. Simples assim...e vai piorar... triste assim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente o que acha que deve, mas use termos gentis, mesmo que desaforados...