quinta-feira, 4 de março de 2010

Poemas de Guerra


Talvez por ser radicalmente contra ela, eu adoro os poemas de tempos de guerra. Principalmente os poetas que estiveram na I Grande Guerra,  os ingleses e alemães, em sua maioria. Há uma coleção da Dodo Press (o nome é um achado!), com poemas de Wilfred Owen, Siegfried Sassoon e outros que deixaram de lado o tom patriótico usual e encararam a guerra como o que ela é: um horror inominável que o ser humano já deveria ter aprendido a não repetir. Mas parece que ainda não é o tempo... Do livro de Wilfred Owen,, p. 10:

Anthem for Doomed Youth

What passing-bells for these who die as cattle?
Only the monstruous anger of the guns.
Only the stuttering rifles' rapid rattle
Can patter out their hasty orisons.
No mockeries for them; no prayers nor bells,
Nor any voice of mourning save the choirs,-
The shrill, demented choirs of wailing shells;
and bugles calling for them from sad shires.

What candles may be held to speed them all?
Not in the hands of boys, but in their eyes
Shall shine the holy glimmers of goodbyes.
The pallor of girls' brows shall be their pall;
Their flowers the tenderness of patient minds,
and each slow dusks a drawing-down of blinds.

Ler em voz alta, ouvindo "War Requiem", de Britten (ou vendo o filme do Jarman)....



A foto, um tratado, é da internet. A feição circunspecta das senhoras enquanto examinam as armas diz tudo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente o que acha que deve, mas use termos gentis, mesmo que desaforados...