segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Adelaide do Julinho

POEMAS


consciência
ecológica


impossível fechar as pernas
e matar a borboleta que
voa voa voa entre elas



floral


um antúrio muito rijo pedindo
abrigo em um vaso úmido:
tempo de poda.



aurora


de quatro
papaimamãe
chupeta

oh! que saudades que tenho
da minha infância querida



mais em bashô

o sapo salta
perereca bate palmas
aguaçal na mata



hipnose

é sempre assim:
ele põe o pinto pra fora
eu fico fora de mim



em riste

para jão filho

a sua cabeça dura:
valente-inclemente-entremetente:
só pode com ela o meu hímen complacente

Faz parte do grupo Escritoras Suicidas. Um tantico over, mas acho legal. Morno não rola.

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