Passeando pelo sudoeste mineiro (Anta, Sapucaia, Leopoldona, Cataguazes, Dona Euzébia, São Domingos), pode-se constatar vários aspectos muito peculiares da vida brasileira, que só não são mais chocantes porque o brasileiro não se choca com mais nada.
Passeando pelo sudoeste mineiro (Anta, Sapucaia, Leopoldina, Cataguazes, Dona Euzébia, São Domingos), pode-se constatar vários aspectos muito peculiares da vida brasileira, que só não são mais chocantes porque o brasileiro não se choca com mais nada.
As estradas dominadas pelos caminhoneiros, trabalhadores como todos nós, em filas de 6, 7 gigantes da estrada, impossíveis de se ultrapassar. O desespero quase se instala, até a chegada de uma santificada faixa adicional e, mesmo assim, é melhor do que qualquer Seven Flags desse e de qualquer mundo. A se anotar: as estradas MINEIRAS pedagiadas estão em ótimo estado, com alguns erros de concepção (não há paradas de descanso, as pistas adicionais são poucas ainda, sinalização quase inexistente). Estou falando de onde andei (veja acima), Minas tem mais de 800 municípios.
A mão de obra não qualificada está desaparecendo... A queixa é geral, em todos os lugares em que estive. Com a profusão de bolsas isso e aquilo, não há estímulo para o trabalho e a qualificação não permite que se pague o salário de miséria desse país. Uma sinuca, antevista por muitos, mas que se instala de forma irreversível.
A comida está se pasteurizando e uniformizando, perdendo as características regionais. A comida mineira está um tanto anódina, carne de porco deve ser imolada nos altares das smartfits dessa vida e expulsa pelos estímulos causados pelos crossfits incapacitantes. Uma pena...Mesmo o pão de queijo, talvez pelo custo do queijo mineiro verdadeiro, campeão mundial, regional, sulamericado e um faminto etc. Para onde vamos?
"-O feijão tropeiro não tem bacon?"
"-Bacon não é saudável!!!"
Um diálogo que jamais imaginei ser possível no sudoeste mineiro, onde se criavam as pequenas figuras humanas em fase de crescimento, sob a orientação familiar(também chamadas de crianças), com carne de porco de lata, mergulhada em gordura. O mundo deforma os tempos reformados...Quem reformará os crimes dos homens? Scalinger não sofreu com um pudim de leite sem lactose...
O tempora...o mores!!!
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