quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Conquista da América - parte III - The End


Ao contrário de várias pessoas, não tenho nenhum tipo de prevenção contra os americanos. Na verdade, não tenho prevenção contra nacionalidade alguma, com exceção dos marcianos, mas aí já entramos em outro campo.

Dean & DeLucca de Washington, em Georgetown, o lugar para se passear por lá. Restaurantes, lojas, gente bonita.

Como se vê, Washington é (quase) toda assim: prédios baixos, arborizada, muitos parques e monumentos. 


Por falar nisto, vcs já pensaram que qualquer que seja o extraterrestre que nos contate, nós seremos os botocudos supersurpresos e admirados, e prontos para sermos derrotados/devorados/usados com cobaias da civilização que nos encontrar? A menos que sejam drones que se aproximem, então tudo fica mais fácil.

Lembram de Forrest Gump? Então...O Obelisco está sendo reformado, mas é muito lindo, e haja parques...
Preciso ainda escrever o post do blog Cavezan, que trata quase que exclusivamente de encadernação. Há um post sobre Buenos Aires lá que surpreendeu até a mim...era para estar aqui...rs
Momento totalmente Nani Gouveia, junto ao monumento mais emocionante que já vi. São apenas nomes, 58 mil e tantos, sem estar em ordem alfabética. Como é americano (o monumento), existe um app para você localizar o nome que se quer.

Vida cultural em NYC: só não se faz o que não se quer. Alguns programas exigem meses de planejamento, com antecedência, principalmente se for mainstream. No mais, um, dois meses bastam, inclusive há lugares que somente aceitam reservas trinta dias antes do evento.

Interior da Biblioteca do Congresso, impressionante...

Museus, galerias e outros: só adquirem vida após o Labor Day, este ano cai em 2 de setembro, não sei se é móvel. O Google sabe!! A grande maioria das galerias que agitam as ruas 19 a 25 estava fechada, uma ou outra exposição, um ou outro summer show.É padrão, isto é, repete-se todo ano: nada acontece antes da retomada das aulas, que é depois do feriado. Cuidado ao se programar, mas adianto que os restaurantes e alguns outros lugares ficam mais acessíveis e reservas são conseguidas com mais facilidade no último mês do verão (agosto).

Ruas de Nova Iorque. No caso, a Broadway e ao fundo, vermelha, a Strand, livraria de usados, 8 miles of books....Fecharam a loja de Seaport, uma pena.




Museus: mesma coisa, se não considerarmos os acervos. Se bem que o Metropolitan, o Moma, o Whitney preenchem semanas de visitas somente com o acervo. As exposição especiais, geralmente, também são depois do verão, começando em outubro, meio de setembro. Tivemos muita sorte em ter visto a exposição do Edward Hopper (Whitney) e também a do Modernismo Americano (Moma), com mais quadros de Hopper, Georgia O'Keefe, uma série inteira do Jacob Lawrence (meu queridinho do momento!!) e outros menos votados, o que não é o caso do Stuart Davis!! No Moma, Le Corbusier também comparecia com uma exposição imensa, da qual não gostamos muito, se limitava a expor o acervo da Fundação Corbusier, de Paris.
O quadro dos pratos do Momofuku...não perca e não tenha medo de experimentar. A comida é maravilhosa. Não, Valéria, você não vai gostar..rs. Mas a cerveja é ótima, David.

As perspectivas para setembro e outubro eram ótimos, estava programada uma hiper-exposição sobre Matisse e também uma sofisticadíssima exibição sobre a arte flamenca. Quem sabe eu volto? Para saber das coisas com antecedência, os sítios dos museus são ótimos.
O Capitólio, símbolo de poder!Todo mundo gentil e educado, afinal, com quem estou falando? Os gramados impecáveis e tudo organizadíssimo ao redor. A foto foi tirada por uma brasileira, é claro.

E não deixe de ir aos museus pequenos, que são surpreendentes quase sempre: a Frick Collection, o Rubin Museum, somente de arte asiática, mas sempre tem as melhores exposições, o Museu de Arte e Design (MAD), a Neue Gallery (arte européia), o New Museum (arte moderna, às vezes demais), o Museu da China na América, o Museu do Sexo, enfim, há muitas opções para você gastar seu tempo e enriquecer seu vocabulário. E ainda tem o The Cloisters, um braço medieval do Metropolitan, longe à beça, mas é um ônibus só, ou um metrô. Anime-se!!

Columbus Circle, muita coisa para se ver: Museu de Arte e Design, shopping center, com o Per Se (melhor restaurante dos EUA) dentro, a estátua do idem, início do Central Park, passeio de carruagem...
Bares e clubes de música têm mais de uma revista, revista mesmo, que pode ser consultada pela internet. A programação já atinge até o final do ano, mas nem todos aceitam reservas com tanta antecedência. Os teatros dos musicais vendem antecipadamente, mas, a menos que seu inglês seja perfeito - afinal, são quase três horas de espetáculo contado através de canções - não vale muito a pena pagar tão caro (US$ 150, por um lugar nem tão bom assim) para boiar no plot. As filas para os ingressos mais baratos, tanto no TKTS como na porta dos teatros são enormes e começam cedo, na hora do almoço. "O Livro dos Mórmons", por exemplo, tinha fila às onze da manhã!!!
Manhattan vista de Nova Jersey, deslumbrantemente linda...a foto foi tirada do Parque Hamilton, que tem o monumento aos mortos da Guerra da Coréia (se estou enganado, corrijam-me). Ao final da tarde, com o sol apenas nos prédios, é de tirar o fôlego.
Vimos "Kinky Boots", uma adaptação quase literal (algumas cenas são idênticas às do filme!) do filme, divertida, muita música (duh!!), dois shows no Kitano, um no Blue Note, e havia muita gente que não conhecíamos. Com o dólar a R$ 2,50 não dá para arriscar muito, é preciso alguma informação prévia. Mas há os concertos gratuitos do Central park, mas nestes o tambor toca muito alto.
O final de Kinky Boots. 

Esqueci alguma coisa? Caso a resposta seja sim, poste aí um comentário que eu terei prazer em responder. Mas repito aqui uma advertência que já fiz em outro post: descubra sua cidade, descubra o que você gosta em Nova Iorque. Você vai se surpreender com a qualidade e a quantidade das opções que existem à mão, desde que você se disponha a gastar algum tempo circulando pela rede. As informações estão aí mesmo, qualquer que seja ela!

A cidade vista do rooftop do Metropolitan, que só fica aberto durante o verão.

Americano é muito besta, é a essência deles! Mas são simpáticos, solícitos e, no mais das vezes, corretos. Aparentam serem comportadíssimos, mas não são!!Aparentam ser organizadíssimos, mas não são!! As revistas são feitas pela metade, se fosse o caso, teríamos entrada com um elefante todo ornamentado no avião e nos museus. Mas fomos revistados do mesmo jeito, entendem? O Metropolitan "sugere" que você pague US$ 25,00 para entrar lá. Leia as letras pequenas: você paga quanto quiser e nós sempre quisemos pagar US$ 1,00 (um dólar). E aí vem a americanice: eles tratam você e seu dolarzinho como se você fosse o melhor cliente que eles pudessem ter!!Não é ótimo? Na visita guiada da Biblioteca Pública de Nova Iorque, a senhora, são todas senhoras, as guias, a senhora avisa que "ao final da visita" teremos um bilhete que nos dará desconto de até 20% na loja!! "Afinal, somos americanos!" diz ela.

E americanos eles são.

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